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quinta-feira, maio 22, 2025

Debate Político: Antecipação na disputa de 2026 pode custar ‘fôlego’ até eleição, avalia analista

O analista político Helso Ribeiro foi o entrevistado da semana no programa Debate Político

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O programa Debate Político, do O Convergente, em sua terceira temporada, foi ao ar nesta terça-feira (20) e recebeu o analista político Helso Ribeiro, em uma entrevista mediada pela apresentadora Letícia Barbosa. O programa é exibido todas as terças-feiras, às 20h30, com transmissão pelo canal 8.2 da TV aberta e pelo YouTube da Rede Onda Digital.

Com a antecipação da pré-campanha por parte de algumas figuras políticas, o analista avaliou a atual disposição das peças do ‘tabuleiro político’ que pretendem disputar a corrida eleitoral em 2026. De acordo com ele, não é uma certeza que os nomes que se anteciparam na corrida terão ‘fôlego’ até o ano que vem.

“Não temos essa certeza se essa galera terá fôlego e chegará com a turma dela lá em agosto/outubro. Tem um bom tempo que não vejo uma antecedência de um lançamento de uma pré-candidatura, digo que não podemos afirmar nada de forma exata antes das convenções”, disse.

O primeiro cenário analisado pelo entrevistado foi o da disputa do Governo do Amazonas. De acordo com ele, é uma eleição difícil, uma vez que é necessário que o candidato tenha força no interior do estado.

“Temos três pré-candidaturas que já se colocaram ali, normalmente uma campanha para o governo tem quatro ou cinco nomes, deve vir mais gente. Esses que se lançaram pré-candidatos, talvez saía mais caro para eles, é muita demanda e cobrança. E ainda sim, esses que já se lançaram pré-candidatos, quem será o vice? Eles virão com quem?, iniciou.

“É uma eleição que vai tocar todo o estado, então é interessante uma pessoa que tenha força no interior também. Enfim, é uma grande interrogação sobre quem que vai chegar lá com fôlego”, afirmou.

Para o analista, a força do candidato no interior do estado pode determinar o resultado. “É sempre bom o apoio do interior. É bom a gente lembrar que 52% do eleitorado está na capital, mas tem a outra metade que está no interior […]. Então, é difícil um candidato ter tranquilidade se ele não tiver votos no interior e o interior é extremamente pulverizado”, destacou.

Wilson Lima e David Almeida

Outro ponto analisado por Helso Ribeiro foi a possível participação do governador Wilson Lima e do prefeito de Manaus David Almeida nas eleições de 2026. “Caso o governador Wilson Lima queira ser candidato e caso o prefeito David Almeida queira ser candidato – ele diz que não -, ambos terão que sair dos seus cargos”, comentou.

O analista apontou Wilson Lima como ‘coringa’ na eleição, caso concorra à vaga no Senado Federal. “Eu não descarto o governador Wilson Lima como um grande coringa nessa brincadeira porque ele tem no União Brasil 30 prefeitos eleitos e o senador Eduardo Braga tem uns 13 […]. Para você ver o quanto está incerto, não sei se esses prefeitos que foram para esse pré-lançamento [de Omar Aziz] estarão no mesmo palanque”, afirmou.

Ainda de acordo com ele, a participação de Wilson Lima na disputa em 2026 será ‘interessante’, uma vez que o governador possui força política.

“Acredito que ele [Wilson Lima] vai ser um player muito interessante […]. Não dá para ignorar a força de uma pessoa desse naipe. Acredito que, se eu tiver que apostar não o vejo fora do universo político e voltar para frente das câmeras. Ele é candidato sim! […] Se ele for candidato a algum cargo, ele tem que sair no final de março, mesma época que o prefeito David Almeida – se for candidato – vai ter que sair também”, disse.

Já com relação ao prefeito David Almeida, Helso Ribeiro apontou que os ‘astros políticos’ estariam alinhados a favor dele. “Custo a crer que em uma outra ocasião os ‘astros políticos’ estejam tão bem alinhados ao prefeito David Almeida como estão agora. Caso o prefeito não seja candidato, ele vai cumprir o mandato e resta a ele, no último ano de mandato, sair para ser candidato a vereador ou ficar dois anos em casa sem mandato. Não consigo ver uma lógica nisso, mas pode ser que isso ocorra”, avaliou.

Ainda segundo o analista político, David Almeida não tem deixado claro, de fato, o apoio à pré-candidatura de Omar Aziz, mas se referindo ao grupo político.

“Todas as vezes que ele esteve no palanque com o senador Omar Aziz, desde a época da eleição dele, é sempre falando de um grupo. Eu nunca vi o prefeito David Almeida – posso estar equivocado -, nunca vi ele falar: ‘Está aqui o meu candidato ao governo, é Omar Aziz’. Ele sempre fala de grupo”, disse.

Outros cenários

Para o analista, os candidatos a vereadores que conseguiram uma vaga na Câmara de Manaus devem concorrer à Assembleia Legislativa ou tentar uma vaga na Câmara Federal. O analista também comentou o que pode acontecer com a chapa derrotada no 2º turno em Manaus que, até o momento, confirmou os nomes na disputa do ano que vem.

“Acredito que candidatos vencedores ao cargo de vereador devem concorrer ou à Assembleia Legislativa ou à Câmara dos Deputados. Derrotados no 2º turno, já está lançada a pré-candidatura de Maria do Carmo e Alberto Neto indica que ele pode ser o candidato à reeleição mas também se diz muito para concorrer ao Senado”, afirmou.

Helso Ribeiro ainda avaliou o posicionamento de figuras políticas, como a do deputado estadual Roberto Cidade. Segundo ele, Cidade saiu ‘pequeno’ da eleição de 2024, mas que pode ter uma votação expressiva para deputado federal – caso concorra ao cargo – se mantiver o mesmo número de votos da eleição de 2022.

“Roberto Cidade tem a visibilidade de ser presidente da Assembleia Legislativa e nessa eleição, acho que ele evitou debates, as pesquisas o colocavam bem mas ele ficou em quarto lugar. Ele saiu pequeno, acredito que ele vai ter que pavimentar o caminho dele, acho que é um nome para deputado federal”, apontou.

Ainda segundo ele, Coronel Menezes está ‘etiquetado’ com as derrotas das eleições passadas. “Coronel Menezes brigou com o Capitão Alberto Neto para ser candidato do PL e houve um desgaste […]. Durante a campanha, eu não vi nele um protagonismo que eu vi na candidata Maria do Carmo, por exemplo […]. Uns falaram para o Governo, para o Senado e para federal […]. Por enquanto ele está com a etiqueta de derrotado […], não sei para qual cargo ele virá e custo a crer que cada eleição tem uma história”, alegou.

Com relação a Alberto Neto e Maria do Carmo, o analista político afirma que ambos foram protagonistas na última disputa. “Eles perderam as eleições, mas tiveram um protagonismo, tanto Alberto Neto quanto Maria do Carmo. O nome dela foi muito falado e acredito que trás para esses dois um certo protagonismo e interessante para o ano que vem”, disse.

Ao analisar o nome do deputado federal Amom Mandel, Helso Ribeiro afirmou que o parlamentar perdeu o protagonismo que tinha na Câmara de Vereadores, mas que deve trabalhar para uma reeleição.

“O deputado Amom Mandel lá em Brasília não está tendo o protagonismo que ele teve na Câmara de Vereadores. Lá são 513 deputados, […] acredito que para ele um caminho para reeleição seria mais natural e ele vai ter que remar um certo protagonismo e acredito que o eleitor do Amom Mandel é mais crítico”, avaliou.

Confira o programa na íntegra:

Leia mais: Debate Político: Coronel Menezes comenta planos políticos e revela possível candidatura em 2026

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