Nesta semana, a Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB) celebra 55 anos de atuação no Brasil, com atuação em 20 estados e no Distrito Federal. A associação reúne profissionais de comunicação e escritoras para compartilhar conhecimentos e conceder espaços para o protagonismo feminino.
No Amazonas, a AJEB se instalou em 2018 e atualmente é presidida pela escritora Sílvia Grijó. Atualmente, a associação conta com 64 mulheres jornalistas e escritoras e, entre as associadas da AJEB no Amazonas, estão a CEO e a diretora operacional dos portais O Convergente e Manaós, Erica Lima e Letícia Barbosa.
A AJEB foi fundada em 8 de abril de 1970, em Curitiba, no Paraná, pela jornalista e escritora Hellê Velloso Fernandes. É uma associação sem fins lucrativos, apolítica e com foco na promoção literária, além de realizar eventos para compartilhar conhecimento, experiências e discussões sobre diversos assuntos, incluindo questões relacionadas ao jornalismo.
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Para a equipe de reportagem, a presidente da AJEB-AM, Sílvia Grijó, comentou que a criação da associação no Brasil é um marco na história literária e cultural das mulheres.
“A data de 08 de abril de 1970, é um marco na história literária e cultural de mulheres ousadas, corajosas, mulheres jornalista e escritoras que tomaram uma grande e importante decisão – unirem-se para fundar uma entidade, cuja importância fundamental é incentivar a união de Jornalistas e escritoras de todo Brasil; promover a literatura, a cultura e a representatividade das mulheres; preservar a memória, registrando a história por meio da escrita de mãos femininas, defendendo a liberdade de expressão e o compromisso com a informação de qualidade”, afirmou.
Para a associada da AJEB-AM e CEO do O Convergente, Erica Lima, celebrar os 55 anos de criação da associação demonstra a importância da representatividade feminina, tanto no jornalismo quanto na literatura.
“A AJEB nasceu do desejo urgente e visionário de reunir vozes femininas em torno da escrita, da notícia e da arte de narrar o mundo sob uma perspectiva que, por muito tempo, foi silenciada: a das mulheres. Hoje, cinco décadas e meia depois, a AJEB segue firme como um território de resistência e criação, onde escritoras e jornalistas constroem pontes entre gerações, territórios e linguagens”, afirmou.
Na associação do Amazonas, Erica Lima também ocupa a Diretoria de Comunicação, a qual ela destaca ser uma honra representar tantas histórias. Ainda segundo a CEO do O Convergente, celebrar a data de criação da AJEB também é celebrar cada mulher.
“A AJEB é importante porque reafirma o lugar da mulher na cultura e na história brasileira. Ela rompe silêncios, promove encontros e fortalece o direito de narrar. Em um país onde ainda lutamos para ocupar espaços de poder simbólico, a escrita é também uma forma de resistência. Celebrar os 55 anos da AJEB é celebrar cada mulher que escreve sua trajetória entre o jornalismo e a literatura. É reafirmar que a palavra é instrumento de transformação social, política e afetiva”, destacou.
Já para a diretora operacional do Portal Manaós, Letícia Barbosa, a data que marca a criação da AJEB no Brasil representa 55 anos de uma associação que dá voz às mulheres sob diferentes perspectivas.
“A AJEB tem uma importância enorme a nível nacional. Ela representa a força, a inteligência e a sensibilidade das mulheres que constroem, por meio da escrita e do jornalismo, uma sociedade mais justa, plural e democrática. São 55 anos dando voz às mulheres que narram o Brasil sob diferentes perspectivas — e isso é algo que merece ser celebrado com entusiasmo e gratidão”, comentou.
Ocupando o cargo de Diretora da Juventude da AJEB, a diretora operacional do Portal Manaós enfatizou que é ‘emocionante fazer parte dessa história tão rica e inspiradora’. De acordo com ela, ter a associação atuando na Região Norte, em especial no Amazonas, é um marco de representatividade e resistência.
“Ver a AJEB presente na nossa região Norte, especialmente no Amazonas, é motivo de muita alegria. Nosso território é repleto de talentos, histórias e potências femininas que merecem ser ouvidas e reconhecidas. A presença da associação aqui é um marco de representatividade e resistência, conectando nossas raízes ao movimento nacional de mulheres que escrevem, informam e transformam”, disse.
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