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quinta-feira, janeiro 16, 2025

Concursados de Uarini vão às ruas contra suspensão de nomeações no município

Com os dizeres "não seremos silenciados", os manifestantes foram às ruas da cidade protestar contra a suspensão

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Concursados e nomeados no concurso público da Prefeitura de Uarini se reuniram nessa quarta-feira (15) para protestar contra a suspensão do certame, decidida após uma representação do atual prefeito, Marcos Martins (União Brasil), ser acolhida pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM).

A manifestação ocorreu nas ruas do município (a 565 quilômetros de Manaus), em meio a um cenário de frustração e indignação dos aprovados, que veem a decisão como um retrocesso e uma medida arbitrária da nova gestão municipal. Os concursados alegam que dedicaram tempo e recursos para se prepararem para o certame, realizado na administração comandada pelo ex-prefeito Antônio Uchôa (MDB).

O ato público foi realizado com manifestantes segurando cartazes com os dizeres “Não seremos silenciados” e exigindo novas convocações. Os servidores destituídos dos cargos caminharam pelas ruas da cidade e fizeram discursos em frente à Câmara Municipal de Uarini.

“Só lembrando que, dos que foram aprovados, 60% são daqui de Uarini. […] Nós estudamos uma vida toda, nós temos filhos, família, aqui tem pais e mães que precisam ser lotados para que venhamos dar o sustento necessário para nossas famílias”, declarou um dos manifestantes.

Entenda

A decisão do TCE-AM, publicada no último dia 10 de janeiro, atende a um pedido do prefeito eleito Marcos Martins, que argumentou supostas irregularidades no concurso realizado pelo ex-prefeito Antônio Uchôa. O atual gestor de Uarini justificou a suspensão com base na “fragilidade fiscal” do município, alegando que as nomeações comprometiam o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Veja também: MP dá 10 dias para prefeito Antônio Uchôa força dados da gestão para sucessor em Uarini

Segundo dados apresentados pela atual gestão, a receita estimada para 2024 seria de R$ 63,9 milhões, enquanto os gastos com pessoal já atingiam 47,88% da Receita Corrente Líquida, próximo ao limite prudencial de 51,3%.

No entanto, os manifestantes denunciam que a medida é uma manobra política para invalidar “conquistas legítimas dos aprovados”. “Nós queremos apenas o nosso direito”, declarou um outro manifestante.

O Convergente entrou em contato com a Prefeitura de Uarini e solicitou um posicionamento sobre a manifestação no município. Até a publicação, sem retorno.

 

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