Yoon Suk Yeol, presidente afastado da Coreia do Sul, foi detido nesta quarta-feira (15) sob acusações de insurreição, após declarar Lei Marcial em dezembro de 2024. A prisão ocorreu em sua residência oficial em Seul, após uma operação que envolveu cerca de 3.000 agentes de segurança.
Em dezembro, Yoon decretou Lei Marcial, alegando a necessidade de “proteger a República da Coreia de ameaças comunistas”. A medida foi amplamente criticada e rapidamente revogada pelo Parlamento, que posteriormente aprovou seu impeachment. Desde então, Yoon estava afastado do cargo, aguardando a decisão final da Suprema Corte sobre sua destituição permanente.
A detenção de Yoon enfrentou resistência de seus apoiadores, que formaram uma barreira humana em frente à residência presidencial. Apesar disso, as autoridades conseguiram cumprir o mandado de prisão, segundo a agência de notícias Yonhap. Yoon afirmou que aceitou a detenção para evitar um “potencial derramamento de sangue”, embora considere a investigação ilegal.
Este é um marco histórico na política sul-coreana, sendo a primeira vez que um presidente em exercício é preso. Yoon permanecerá detido no Centro de Detenção de Seul, onde deverá ficar em uma cela solitária. As autoridades têm 48 horas para interrogá-lo e decidir sobre a extensão de sua detenção ou possível liberação.