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quinta-feira, novembro 28, 2024

Pará pode entrar em colapso financeiro devido a empréstimos bilionários, alerta senador

Zequinha afirmou que a atual gestão estadual contratou 15 empréstimos desde o início do mandato, em um total de R$ 18,6 bilhões

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Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (27), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) manifestou preocupação com o endividamento crescente do estado que ele representa, o Pará. Segundo o parlamentar, esse endividamento é “o maior de sua história” e pode levar a um colapso financeiro. Ele mencionou dados divulgados pelo jornal O Liberal, que aponta o risco de comprometimento do pagamento de salários e pensões em um futuro próximo.

Zequinha afirmou que a atual gestão estadual contratou 15 empréstimos desde o início do mandato, em um total de R$ 18,6 bilhões. Ele disse que o empréstimo mais recente, que seria de R$ 483 milhões, foi aprovado rapidamente pela Assembleia Legislativa do Pará e deve ser destinado à implantação e à pavimentação da Avenida Liberdade, em Belém. O senador criticou a ausência de debate público e a falta de transparência em relação aos projetos financiados com esses recursos.

— É preocupante a situação do Pará. Não tem recursos próprios para fazer uma pavimentação de rodovia, mesmo que seja de pequena extensão. Como eu disse, são 15 empréstimos feitos pelo governo atual, que somam um valor de R$ 18.624.905.694,35. É dinheiro para valer! E aí o problema é que a Assembleia Legislativa aprova esses empréstimos. E os outros [empréstimos], que apenas dizem que é para a construção de infraestrutura no estado? E você não sabe onde está essa infraestrutura porque, se for o caso de estradas, temos as piores do nosso estado — criticou ele.

Zequinha alertou  que a situação financeira ainda para o risco de o Pará enfrentar um colapso financeiro semelhante ao da década de 1990. Ele afirmou que naquela ocasião o estado atrasou o pagamento de salários e dívidas com fornecedores.

— Num futuro muito próximo, é perigoso o estado apenas pagar folhas de servidores e parcelas de empréstimos, e mais nada. Esse é o grande perigo. É a visão que todo mundo está tendo por causa do alto volume de recursos emprestados em 15 empréstimos diferentes. Um endividamento bilionário. Acredito que, até o final do governo atual, no final do ano de 2026, esse endividamento só de principal já tenha ultrapassado a casa dos R$ 20 bilhões. Daqui a algum tempo, repito, o estado só terá recursos para pagar dívida, disse sobre o possível colapso financeiro.

Fonte: Agência Senado

Leia mais: Após polêmica com frigoríficos, Carrefour pode ser convocado para esclarecimentos no Senado

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