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quinta-feira, novembro 21, 2024

Arco de Wilson Lima cresce na CMM, enquanto David Almeida teve dificuldade em ampliar eleição de novos nomes na Câmara

Apesar disso, o posicionamento sobre oposição dos vereadores eleitos ainda deve ser definido com os diálogos internos nos próximos meses, explicou o analista Helso Ribeiro

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Com a definição do prefeito de Manaus, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) deve assumir um papel importante nos próximos quatro anos de gestão, o que tem beneficiado David Almeida (Avante) durante os últimos anos de mandato. Nos últimos meses, alguns vereadores que fazem parte do arco de alianças do governador Wilson Lima (UB) assumiram a oposição na Casa e conseguiram ampliar as discussões na CMM.

Nesse cenário, é importante observar como a Casa irá se comportar com o novo mandato de David Almeida. No entanto, a renovação das cadeiras dos vereadores não chegou a ser de 50%, com apenas 13 novos vereadores eleitos.

De 41 vereadores, somente 9 novos nomes vão entrar na Câmara. Desses nomes, todos não apoiaram a reeleição de David Almeida no 2º turno, mas não expressaram publicamente que fariam oposição ao prefeito de Manaus quando assumissem o cargo na CMM.

O arco de alianças de David Almeida, por exemplo, só conseguiu eleger 4 novos nomes para a Câmara Municipal de Manaus. Em contrapartida, o arco de alianças de Wilson Lima elegeu 6 novos vereadores.

Somente o ex-deputado Zé Ricardo (PT) – eleito com mais de 17 mil votos -, já afirmou publicamente que pretende estar do lado opositor à gestão de David Almeida. Outros dois vereadores eleitos que não apoiaram David Almeida, Sargento Salazar (PL) e Coronel Rosses (PL), não deixaram explícito se farão uma oposição ao prefeito de Manaus, apesar de terem o criticado durante a campanha eleitoral.

Durante os últimos meses, a gestão de David Almeida conseguiu ‘escapar’ de algumas prestações de contas na CMM. A base do prefeito na Casa conseguiu derrubar e rejeitar projetos de lei, convocações e requerimentos que cobravam transparência ou informações.

O Convergente noticiou as rejeições dos aliados de David Almeida com as propostas e pedidos enviados pela oposição. Em u deles, por exemplo, solicitava apenas uma lista com o nome das escolas reformadas, apesar de Almeida já ter mencionado em entrevistas o número de unidades educacionais que teriam recebido as obras da Prefeitura de Manaus.

Outros nomes que devem ser observados na CMM são dos vereadores que fazem parte dos partidos União Brasil, PL, PMB, PRD e PP. Na atual legislatura, esses partidos são contra a Prefeitura de Manaus mas, faltando pouco menos de 3 meses para que os eleitos assumam as cadeiras, a definição sobre ser sabe e oposição ainda deve passar por um diálogo interno.

Dos cinco partido citados, quatro integram o arco de alianças do governador Wilson Lima. Levando em consideração o resultado nas urnas, o governador conseguiu eleger mais aliados para a Câmara Municipal de Manaus, são eles: Marco Castilhos (UB), Aldenor Lima (UB), Saimon Bessa (UB), Paulo Tyrone (PMB), Sérgio Baré (PRD) e Rodrigo Sá (PP).

Vale ressaltar que o União Brasil, partido o qual é dirigido por Wilson Lima na esfera estadual, tem a segunda maior bancada de vereadores na CMM.

Enquanto o cenário de oposição ainda não está definido, David Almeida deve iniciar o novo mandato tendo a maioria dos vereadores a seu favor, até mesmo com os novatos. Almeida perdeu alguns aliados que não conseguiram se reeleger, mas ganhou outros quatro nomes que devem compor sua base na CMM, baseado nos partidos aliado à ele durante a campanha: PSD, AGIR e até o próprio Avante – que possui a maior bancada na Casa -, são eles: Eurico Tavares (PSD), João Paulo Janjão (AGIR), Rodinei Ramos (Avante) e Pai Amado (Avante).

Conforme noticiou O Convergente, após ser reeleito, Almeida já havia destacado que gostaria de ampliar seu apoio na Câmara Municipal.

Analista comenta

Na análise do cientista político Helso Ribeiro, nesse primeiro momento de mandato, além da base aliada, os novos vereadores da CMM podem dar apoio ao prefeito. Ele ainda apontou que, dois ou três vereadores veteranos devam conduzir a oposição, enquanto os demais devem permanecer neutros.

“Eu penso que, como de costume, ao tomarem posse a grande maioria estará dando apoio ao prefeito. Talvez dois ou três de uma oposição mais forte e os demais vão se considerar neutros, vamos dizer assim”, disse.

Para o analista político Helso Ribeiro, é necessário observar os primeiros anos de mandato da atual legislatura, onde tinham apenas três vereadores que se colocavam como oposição.

“Se você pegar dois anos e meio atrás, você vai observar que dos 41 vereadores da Câmara Municipal, existiam três opositores, facilmente identificados: Capitão Carpê, o Amom Mandel e o Rodrigo Guedes. Eu acho que até numa insistência de perpetuar o David Reis na presidência, houve um racha, mas foi um racha mais pela presidência da Câmara do que por questões de cunho ideológico”, analisou.

Conforme explicou o analista, David Almeida tem cerca de 19 aliados na CMM. “Atualmente se você pegar PSD, Agir, Avante, MDB, que foram os partidos que apoiaram a candidatura de Almeida, você chega a 19 vereadores”, disse.

Ainda de acordo com o analista, ele acredita que os vereadores veteranos, Rodrigo Guedes (PP) e Capitão Carpê (PL), devem continuar fazendo oposição à gestão de Almeida. Para ele, quem também deve assumir essa posição é José Ricardo.

No entanto, o analista ainda ressalta que, antes da definição deste cenário, os vereadores devem se atentar para a eleição da Mesa Diretora, em que definirá o novo presidente da CMM, onde deve surgir conversas internas entre David Almeida e o governador Wilson Lima (UB).

“Como opositores ao prefeito, eu particularmente acho que o Capitão Carpê continuará numa oposição, o Rodrigo Guedes também e José Ricardo idem. A gente vai agora ter uma grande conversa para ver essa questão de quem vai presidir a casa. Eu acho que antes do Natal, governador e prefeito já estão sentando para conversar”, avaliou.

Helso Ribeiro ainda destacou que os vereadores eleitos ainda terão tempo para dialogar sobre o seu posicionamento na CMM. “É bom lembrar que essa legislatura que foi eleita agora em outubro, né? Esses 41 vereadores que foram eleitos em outubro, eles só tomarão posse em fevereiro, então tem muito tempo ainda de diálogo, de conversa”, disse.

Confira os vereadores que estarão na próxima legislatura:

Sargento Salazar (PL)
Zé Ricardo (PT)
Thaysa Lippy (PRD)
Marco Castilhos (UNIÃO BRASIL)
Kennedy Marques Protetor (MDB)
Eduardo Alfaia (AVANTE)
Everton Assis (UNIÃO BRASIL)
Rodrigo Guedes (PP)
David Reis (AVANTE)
Diego Afonso (UNIÃO BRASIL)
Joelson Silva (AVANTE)
Aldenor Lima (UNIÃO BRASIL)
Saimon Bessa (UNIÃO BRASIL)
Capitão Carpê (PL)
João Carlos (REPUBLICANOS)
Allan Campêlo (PODEMOS)
Dr. Eduardo Assis (AVANTE)
Gilmar Nascimento (AVANTE)
Dione Carvalho (AGIR)
Elan Alencar (DC)
Ivo Neto (PMB)
Jaildo Oliveira (PV)
Rosivaldo Cordovil (PSDB)
Eurico Tavares (PSD)
Professora Jacqueline (UNIÃO BRASIL)
Yomara Lins (PODEMOS)
Rosinaldo Bual (AGIR)
Jander Lobato (PSD)
Roberto Sabino (REPUBLICANOS)
João Paulo Janjão (AGIR)
Professor Samuel (PSD)
Coronel Rosses (PL)
Raiff Matos (PL)
Raulzinho (MDB)
Rodinei Ramos (AVANTE)
Marcelo Serafim (PSB)
Mitoso (MDB)
Rodrigo Sá (PP)
Pai Amado (AVANTE)
Paulo Tyrone (PMB)
Sérgio Baré (PRD)

Leia mais: David Almeida se esquiva ao responder quem deve compor novo secretariado da prefeitura

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