A operação ‘Chibatão em Movimento’ foi iniciada, nesta semana, com a inuaguração das atividades do Píer Flutuante Provisório do Grupo Chibatão, em Itacoatiara. O píer foi projetado para operar em áreas de baixa profundidade, garantindo a continuidade do transporte de mercadorias mesmo com a diminuição dos níveis dos rios.
Distante cerca de 270 quilômetros de Manaus, a operação teve início com a chegada do navio Log-In Jacarandá, que trouxe 1.032 contêineres para o local. O processo envolveu a transferência de 360 desses contêineres para balsas.
A montagem do píer flutuante, situado no rio Amazonas, próximo à foz do rio Madeira, começou no dia 28 do último mês e é uma tentativa de minimizar os impactos da seca na economia do estado. A ação integra um plano desenvolvido desde março, pelas empresas Chibatão e Super Terminais, que iniciaram o transporte dos quatro módulos portuários de 60 metros cada, provenientes de Manaus, em resposta às previsões de uma seca mais intensa nos rios amazônicos em comparação com 2023.
Com uma extensão de 277,5 metros, Esta estrutura faz parte de uma estratégia logística destinada a minimizar os impactos da estiagem na economia do Amazonas, e manter o fluxo contínuo de mercadorias essenciais para o abastecimento do comércio local e Zona Franca durante a severa estiagem que afeta o estado.
Jhony Fidelis, diretor executivo do Grupo Chibatão, destacou a importância do píer flutuante. “A operação reflete um grande esforço coletivo para manter o comércio e a indústria do Amazonas em funcionamento, mesmo durante a crise hídrica. O legado do nosso fundador, senhor Passarão, nos inspira a buscar soluções inovadoras e sustentáveis para a região”, afirmou Fidelis.
Marcelo Augusto Calbo Garcia, auditor-fiscal da Receita Federal e Delegado da Alfândega do Porto de Manaus, elogiou a operação como um exemplo de inovação. “Estamos satisfeitos com a forma como todas as solicitações foram atendidas. A autorização foi uma decisão acertada e a operação tem sido um sucesso. A Receita Federal continuará com a fiscalização presencial e o monitoramento remoto para garantir o bom funcionamento da operação”, disse Marcelo.
A operação foi possível graças à colaboração de várias entidades, incluindo a Receita Federal, a Marinha do Brasil, a Suframa, o IPAAM, a CDL-Manaus, a ANTAQ, o CIEAM, o DNIT, a Sedecti-AM, a SPU, a Eletros e as praticagens ZP1 e ZP2. Alexandre Ramos Albuquerque, prático da ZP1, destacou o desafio de operar em condições de baixa profundidade. “Essa manobra foi desafiadora e é essencial para o abastecimento da região Norte. A segurança da navegação, do terminal, do meio ambiente e das pessoas envolvidas foi a nossa principal preocupação”, explicou Alexandre.
O projeto do píer flutuante, iniciado em janeiro de 2024, surgiu como uma resposta à seca que atingiu a região em 2023, prejudicando o comércio e a indústria local. A expectativa é que a estrutura continue operando ao longo do período de seca.
Foto: Divulgação
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