Durante o novenário na Paróquia de São José, nesta sexta-feira (19), o diretor da emissora católica Rádio Rio Mar expressou preocupação devido à dificuldade financeira que o veículo de comunicação enfrenta atualmente por falta de repasse de cotas da Prefeitura de Manaus: “A rádio não recebe da Prefeitura desde dezembro”, revelou o padre Charles Cunha aos membros da igreja.
De acordo com o diretor, David Almeida (Avante) não realizou o pagamento das cotas de patrocínio à emissora desde dezembro de 2023 até junho de 2024, causando frustração e preocupação com a atual situação financeira da rádio.
“Eu não recebo da Prefeitura, a Rádio Rio Mar não recebe da Prefeitura, desde dezembro de 2023. Agora imaginem, eu não posso contar nem o que vem pra frente, porque pela lei (eleitoral) não pode vir, mas eu não esperava de não receber o de trás da casa”, expressou o padre.
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O sacerdote, ao manifestar frustração aos fiéis da paróquia, destacou que por conta da situação financeira planejava entregar a Rádio Rio Mar ao Cardeal, mas decidiu em continuar administrando a emissora até a situação seja resolvida. Com a decisão, segue no propósito e pediu apoio aos membros da igreja para manter a emissora católica de pé.
“Eu aprendi que a gente nunca foge dos problemas. Por isso eu vim aqui hoje. Porque eu acredito em São José. Eu acredito em vocês. Eu preciso. A Igreja de Manaus precisa. A Rádio Rio Mar precisa de amigos pra Rio Mar. Muitos amigos”, declarou o eclesiástico.
Órgãos públicos em todos os níveis do Executivo municipal, estadual e federal, patrocinam veículos de comunicação em todo o país para divulgar ações de interesse público, como campanhas publicitárias, serviços e informações.
O Convergente entrou em contato com a Prefeitura através dos e-mails da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom) e solicitou um posicionamento do prefeito David Almeida sobre a falta de pagamento da cota da emissora e se há um prazo para quitar os repasses. Também questionamos se outros veículos de comunicação, como TV e portais de notícias, estão com patrocínios em atraso.
Após a reportagem conceder um prazo para resposta, a Semcom não enviou nota de esclarecimento. Lembramos que o espaço está aberto para manifestação sobre o assunto. A Fundação Rio Mar, procurada pela reportagem, disse que o posicionamento da emissora segue o que foi falado por Charles Cunha durante a celebração.
Ilustração: Marcus Reis
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