Para promover a inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) ou mobilidade reduzida em diversas áreas da sociedade, o projeto “Mais Acesso”, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), disponibiliza cursos de capacitação para atendimento desse público. Criado em 2021 por uma professora e alunos da universidade, o projeto foi reformulado e ampliado com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
Para Marklea Ferst, professora de Legislação e Ética da Escola Superior de Artes e Turismo (Esat) e coordenadora do “Mais Acesso”, a construção do trabalho começou como um projeto de extensão da UEA voltado somente para o atendimento de Pessoas com Deficiência (PCDs) no setor do turismo. Com o tempo, a demanda ficou maior e mais voluntários chegaram para fazer parte.
Para obter o investimento necessário para a ampliação, o projeto foi submetido a um edital da Fapeam e conseguiu recursos para a criação de um site e aplicativo, promovendo ainda mais acessibilidade no processo de aprendizagem. Atualmente, a equipe conta com 28 pessoas, entre alunos e ex-alunos voluntários, que atuam no desenvolvimento de soluções digitais de ensino e aprendizagem para capacitação.
“O grande ‘start’ do projeto se deu a partir do momento que conseguimos esse subsídio da Fapeam, porque conseguimos fazer o site, desenvolver o aplicativo para iOS e Android, bem como o curso de capacitação que é ofertado, gratuitamente, a todas as pessoas. O investimento do Governo do Amazonas em projetos da universidade contribui para o desenvolvimento econômico e social do estado”, explicou a professora Marklea Ferst.
Dentro da equipe, cada aluno desenvolve um papel. Lucas Monteiro, 21, participa do “Mais Acesso” há dois anos e meio. Durante esse período, ele destaca, como maior benefício, a aprendizagem diária com a professora e outros alunos.
“Entrar no projeto me influenciou profissionalmente e, também, enquanto pessoa. Foi ele que abriu portas para mim e me ajudou a ter uma visão mais ampla no que diz respeito à acessibilidade. Antes, eu achava que sabia muito sobre o assunto, mas quando comecei a desenvolver as atividades fui aprendendo ainda mais”, contou Lucas.
Segundo a equipe, o objetivo do “Mais Acesso” é promover a acessibilidade, inclusão e igualdade de oportunidade para PCDs ou com mobilidade reduzida. Beatriz Viana, deficiente visual, integrante do grupo, é uma das principais consultoras de atividades do site e aplicativo. Ela explica que, por ter uma deficiência, sempre lidou com obstáculos. Mas participar de um projeto como esse mudou completamente a rotina dela.
“Eu era uma pessoa mais tímida e retraída. O projeto me fez lutar mais pela causa (das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida) e ficar mais ativa. É muito importante ter pessoas que vivenciam essa realidade na equipe, porque não adianta o projeto ser voltado para a gente e nós não participarmos”, destacou Beatriz, que é aluna do curso de Turismo.
A plataforma “Mais Acesso” está disponível em um site e aplicativo. O site pode ser acessado pelo endereço www.maisacessoqualifica.com.br, onde todos os cursos de capacitação estão disponíveis. Qualquer pessoa pode participar e obter um certificado ao final de cada curso com duração de 30 horas.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Foto: Arthur Castro / Secom
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