Depois de duas rodadas eleitorais cheias de surpresas, são poucos os que se arriscam a prever quem será o próximo presidente da Argentina. As últimas pesquisas eleitorais mostram um cenário bastante acirrado, com uma pequena vantagem para o ultraliberal Javier Milei.
Na última pesquisa AtlasIntel, divulgada na sexta-feira, 10/11, Milei lidera com 52,1% das intenções, ante 47,9% de Sergio Massa. Pesquisas publicadas na quinta-feira, 9, pelo jornal “Clarín”, consolidavam cenário de empate, mas também com uma leve vantagem para Milei, com 43% das intenções, ante 39% de Massa.
A pesquisa ainda apontou que 7% responderam que votariam em branco ou nulo, 6% estão indecisos e 5% dizem que não vão votar.
Em outra pesquisa, realizada pela Celag (Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica), Massa apareceu na frente com 46,7% das intenções de voto, contra 45,3% de Milei. Essa foi a única projeção em que o ministro da Economia apareceu na frente.
O órgão fez a pesquisa presencialmente e captou dois cenários eleitorais. O primeiro inclui os votos em branco e o segundo dá conta da intenção considerando apenas os votos válidos. Levando em consideração apenas o segundo cenário, Massa detém 50,8% das intenções de voto, enquanto o oponente possui 49,2%.
Dada a margem de erro da pesquisa, que oscila entre 0,9% e 2,2%, ambos os candidatos estariam praticamente empatados tecnicamente.
A consultora Solmoirago, que tem vínculos com o partido União Cívica Radical — que pertence ao grupo Juntos pela Mudança, mas saiu em apoio a Massa neste segundo turno —, mostra Milei com 44,2% ante 42,5% de Sergio Massa. Semelhante à Opinaia, a pesquisa indica que 7,1% votarão em branco ou nulo e 6,2% estão indecisos. Contando apenas os votos válidos, Milei leva com 2,02% sobre os 48,98% de Massa.
A lei eleitoral argentina proíbe a divulgação de pesquisas na semana antes da votação. Assim, não serão divulgados novos estudos sobre a preferência do eleitorado na reta final da campanha.
Como funcionam as eleições na Argentina?
A eleição na Argentina começa com as Paso, as Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias. Os eleitores de 17 a 70 anos votam para definir quem será o candidato de cada partido. Quem não atingir 1,5% dos votos fica fora da disputa. O modelo foi pensado para reduzir o número de candidatos no primeiro turno, e serve também como termômetro real de como andam as intenções de voto dos argentinos. A etapa é realizada no país desde 2009.
Depois, é realizado um primeiro turno. Se nenhum candidato obter mais de 45% dos votos, ou ao menos 40% com dez pontos percentuais de vantagem, há um segundo turno. Foi o que ocorreu nas eleições deste ano.
Quando vai ser o segundo turno das eleições na Argentina?
O segundo turno está marcado para este domingo, dia 19 de novembro. O candidato mais votado é eleito presidente do país e tomará posse em 10 de dezembro.
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Por July Barbosa com informações CNN
Revisão textual: Vanessa Santos
Foto: Divulgação
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