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terça-feira, dezembro 3, 2024

Sutil e divertido, Barbie emociona e desperta reflexões valiosas

História de Barbie emociona e traz reflexões valiosas sobre discursos de feminilidade e masculinidade

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O filme Barbie, dirigido por Greta Gerwig, conta a história de Barbie, personagem interpretado por Margot Robbie, que, quando se vê em suas imperfeições na Barbieland, mundo das diferentes versões de Barbie, buscará no mundo real respostas e soluções para seus problemas. Apaixonado pela boneca, Ken, interpretado por Ryan Gosling, irá acompanhá-la em sua trajetória.

O que Barbie não sabe é que, na verdade, estaria em uma trajetória em busca de si. Quem é Barbie além de sua perfeição? Quem é Ken além de Barbie? O mundo real provoca sentimentos diferentes nos personagens principais. De um lado, diferente da Barbieland, Ken se vê encantado em um mundo dominado pelo patriarcado. De outro, Barbie se entristece ao ter seu corpo objetificado por homens, sua voz silenciada e, principalmente, ao ver mulheres como ela em situações de subserviência.

É interessante ver que os tons de rosa são meros detalhes para uma discussão mais aprofundada. Fotografia e efeitos especiais auxiliam no humor e nos levam ao mundo de fantasia de Barbie.

Além disso, o longa traz questões existenciais, o que o torna interessante e imprescindível para o público. O que te faz ser quem é? O que fez Barbie ser quem é? Será a cor rosa, as panturrilhas salientes, a vida perfeita ou os looks impecáveis? O que faz Ken ser Ken? Será o físico? Será o amor por Barbie? Será a praia?

Metaforicamente, Barbie vem de uma caixa de feminilidades sob as quais ela fo i submetida desde que foi criada. Casa perfeita, preferência pelo rosa, os looks, a mão que desliza ao acenar são fatores que cabem na caixa do “ser” uma Barbie. Por isso, quando ela se vê no mundo real, ela se descobre de uma forma diferente.

Não diferente, Ken também é fruto de uma caixa de masculinidade. Corpo, físico, cavalos, bebidas são alguns dos fatores que cabem em sua caixa de masculinidade. Assim como Barbie, Ken não sabe quem é além da caixa de onde foi criado.

Categorizado como filme de comédia, o longa nos traz dramas importantes. As caixas de que falamos aqui seriam, então, discursos de feminilidade e masculinidade? Sim! Somos moldados por discursos que nos dizem quem somos ou quem deveríamos ser, como nos portamos ou como devemos nos portar, o que vestimos ou como devemos nos vestir. Assim como Barbie e Ken, personagens fictícios, tentamos nos desamarrar daquilo que nos submeteram desde crianças. Por isso, o filme é essencial não só a crianças como também a adultos, todos que ainda estão na busca pelo seu verdadeiro ‘eu’ fora da caixa.

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Por Vanessa Santos

Ilustração: Marcus Reis

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