No interior do Amazonas tem sido comum, principalmente em festejos com datas marcantes, gastarem valores exorbitantes com contratações de bandas nacionais. O assunto que tem gerado polêmica, em vários munícipios do país, não intimidou o prefeito de Borba, Simão Peixoto (PP), a investir quase R$ 400 mil com o tipo de contratação, enquanto a população padece com os reflexos da cheia.
O gasto, conforme dados divulgados no Diário Oficial da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), são relacionados à contratação dos cantores Tarcísio do Acordeon e do cantor Vitor Fernandes para os festejos de Santo Antônio de Borba, com apresentações a serem feitas no dia 12 de junho de 2022.
Os cantores foram contratados por meio de inexigibilidade de licitação, quando a administração pública faz a contratação de forma direta quando não existe concorrência. O contrato, no caso em questão, foi firmado com a J. O. Santos Publicidade e Eventos, CNPJ Nº 10.754.550/0001-50, com nome fantasia de Show Mix Entretenimento.
A empresa, que vai receber da Prefeitura de Borba, o valor global de R$ 391 mil, conforme o Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral, disponível no site da Receita Federal, tem como atividade principal o comércio varejista de artigos de papelaria. Situação que chama atenção, uma vez que a mesma foi contratada para ser responsável pela realização dos shows dos cantores no evento.
Confira os documentos:
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Decreto emergência – Os festejos acontecem no município em meio aos reflexos que o município sofre por conta da cheia dos rios Madeira e Solimões. O que motivou o prefeito a decretar situação de emergência no município no mês passado, por 180 dias.
A situação, de acordo com a Defesa Civil de Borba, já afeta mais de cinco mil pessoas, tanto da zona Rural como da zona Urbana, do município. O que não intimidou o gasto “desnecessário“ da Prefeitura.
Gastos esses que tem ocorrido constantemente com coisas “supérfluas”, conforme já foi mostrado em várias matérias feitas pelo Portal O Convergente. Como os mais de R$ 1,6 milhão com produtos esportivos e mais de R$ 6,9 milhões com combustível sem detalhar a forma que o material será utilizado no município.
O Portal O Convergente, por diversas vezes tem tentando contato com a Prefeitura da cidade e com o prefeito Simão Peixoto, mas até então nunca teve as demandas respondidas. A administração pública foi mais uma vez procurada, mas até a publicação da matéria não enviou resposta.
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Da Redação
Fotos: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis