O prefeito de Manaquiri Jair Souto (MDB) fez um processo licitatório no município para contratar uma empresa especializada para a prestação de serviços de controle de pragas e sanitização por mais de R$ 3,8 milhões. Só com sanitização e desinfecção de ambientes, a Prefeitura de Manaquiri vai gastar mais de R$2 milhões.
O serviço, conforme informações descritas no Despacho de Adjudicação e Homologação, referente ao pregão presencial Nº 040/2021, é destinado a atender as necessidades das “Secretarias e Órgãos da Prefeitura Municipal de Manaquiri”. O documento foi publicado no Diário Oficial dos Municípios do Estado do Amazonas no dia 01/11.
Só com “Sanitização e desinfecção de ambientes, com aplicação om produto de longa duração, de 15(quinze) dias em diante, a base de quartenário com cloreto de benzalcônico, conforme orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com aplicação quinzenal”, será gasto R$ 2.823.456,00.
O contrato teve como vencedora a empresa Econtrol Controle de Pragas LTDA e prevê o serviço de controle de pragas com aplicação, inspeções e manutenções mensais para combater a proliferação de insetos, ratos, morcegos e cupins.
Para esse serviço específico foram contratados mais de 117 mil aplicações por metro quadrado. Os preços variam de acordo com o tipo de praga, mas somados os contratos totalizam mais de R$ 1 milhão.
Confira:
Divergência – Pelo documento de homologação, a empresa vencedora foi a Econtrol Controle de Pragas LTDA, porém o CNPJ citado como sendo da empresa, de número 23.032.014/0001-92, pertence à empresa T N Neto EIRELI. A mesma, conforme informações do comprovante de inscrição cadastral no site da Receita Federal, tem como atividade principal a execução de serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores.
Confira:
Gastos exorbitantes – O gasto chamou a atenção da dona de casa Maria Pereira, que tem dúvidas quanto à aplicação dos recursos. “É um valor muito alto só para isso. Pode até ser necessário, mas é muito dinheiro a meu ver. O prefeito poderia usar isso em outras coisas aqui na cidade”, opinou.
O Convergente entrou em contato com a Prefeitura de Manaquiri questionando o valor do contrato bem como o suposto erro com o nome e CNPJ da empresa, mas até a publicação da matéria não obteve retorno.
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Da Redação
Fotos: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis