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terça-feira, dezembro 30, 2025

Isenção do IR e novos investimentos marcam aproximação do governo com militares

Mais da metade dos militares ficará isenta do Imposto de Renda a partir de 2026

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Mais da metade dos militares da ativa das Forças Armadas ficará isenta do pagamento do Imposto de Renda a partir do próximo ano. A mudança decorre da ampliação da faixa de isenção para rendimentos mensais de até R$ 5 mil, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em novembro.

Levantamento da CNN Brasil, com base em dados do Portal da Transparência, aponta que cerca de 192 mil integrantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica recebem dentro desse limite salarial. O número corresponde a 54,97% do efetivo das três Forças, que passará a não recolher o tributo.

A medida também alcança os pensionistas militares. Aproximadamente 96 mil beneficiários — quase metade do total — deixarão de pagar Imposto de Renda com as novas regras.

O impacto financeiro positivo varia conforme a situação de cada contribuinte. A economia anual pode ir de R$ 184,28 até R$ 4.067,57, dependendo da quantidade de dependentes e das deduções aplicáveis.

O benefício ajuda a reduzir a pressão por reajustes salariais dentro da tropa. O último aumento concedido ficou abaixo das expectativas: 9%, dividido em duas parcelas, com a primeira prevista para abril de 2025 e a segunda para janeiro do ano seguinte.

Além da ampliação da isenção do Imposto de Renda, o governo federal tem sinalizado outras iniciativas voltadas ao setor militar. Uma delas é a lei complementar que permite retirar até R$ 30 bilhões do arcabouço fiscal para investimentos em defesa.

Com a nova regra, o Exército Brasileiro projeta dobrar os recursos destinados à modernização da força e já iniciou a reorganização de sua carteira de projetos estratégicos.

Reportagem da CNN Brasil publicada na semana passada revelou que a expectativa é elevar o orçamento anual do Exército — atualmente entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão no âmbito do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) — para cerca de R$ 3 bilhões por ano entre 2026 e 2031.

O período de seis anos é considerado pela cúpula da Força Terrestre uma “janela de oportunidade” para acelerar ou destravar programas estratégicos, como o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), visto como essencial no combate ao narcotráfico e ao contrabando.

*Com informações da CNN

Leia mais: CPI do Crime: Investigação mira fronteiras e convoca militares para discutir tráfico de drogas e armas

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