O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser submetido a um novo procedimento médico para conter as crises persistentes de soluço que vem apresentando. A alternativa em avaliação é um bloqueio anestésico do nervo frênico, estrutura localizada na região cervical da coluna e responsável pela inervação do diafragma.
Na manhã desta quinta-feira (25), Bolsonaro passou por uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral. De acordo com a equipe médica, a operação transcorreu dentro da normalidade, sem complicações, teve início por volta das 9h30 e durou aproximadamente quatro horas.
Uma nova avaliação clínica está prevista para a próxima segunda-feira (29), quando os médicos decidirão se a intervenção adicional será necessária. Até lá, a estratégia é intensificar o ajuste medicamentoso, adequar a alimentação e acompanhar a evolução do quadro clínico.
O cirurgião geral Claudio Birolini, um dos responsáveis pelo tratamento, explicou que o procedimento envolve a anestesia temporária do nervo frênico e pode trazer riscos, como a paralisação do diafragma, o que poderia causar dificuldades respiratórias.
“Há possibilidade de complicações fora do nosso controle, como a paralisia do músculo do diafragma, com impacto na respiração”, afirmou o médico em entrevista à CNN Brasil.
Segundo Birolini, caso ocorra comprometimento respiratório, o paciente pode precisar de suporte ventilatório até que o efeito do anestésico seja revertido.
A previsão é de que Bolsonaro permaneça internado por um período entre cinco e sete dias para recuperação pós-operatória. Esse prazo poderá ser ampliado caso o novo procedimento seja realizado. A liberação hospitalar dependerá da evolução clínica e da capacidade do ex-presidente de retomar atividades básicas, como higiene pessoal e autocuidado.
Questionada sobre a possibilidade de Bolsonaro ser encaminhado à Superintendência da Polícia Federal após a alta, a equipe médica afirmou que ainda não há como fazer essa avaliação, uma vez que a decisão dependerá exclusivamente do progresso da recuperação nos próximos dias.
*Com informações da CNN
Leia mais: Em carta, Bolsonaro confirma Flávio como sucessor político para 2026


