O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que se lançou como pré-candidato à Presidência da República, afirmou que pretende buscar apoio fora do país para impulsionar sua candidatura. A declaração foi dada em entrevista à agência Reuters, divulgada nesta segunda-feira (22).
Segundo Flávio, a estratégia inclui uma agenda internacional que passa pelos Estados Unidos, países da América Latina e outras regiões. Entre os destinos citados estão Argentina e Chile, além de Israel, países do Oriente Médio e da Europa. Para o senador, o avanço de governos alinhados à direita na América do Sul indica um cenário favorável ao fortalecimento de seu projeto político.
O parlamentar destacou ainda que conta com o apoio do irmão, o ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive nos Estados Unidos desde março deste ano. De acordo com Flávio, Eduardo tem sido peça-chave na construção de articulações internacionais.
“Esse planejamento tem sido feito com a ajuda do meu irmão, que ao longo de quase uma década construiu uma rede de relacionamentos fora do Brasil”, afirmou.
Durante a entrevista, Flávio Bolsonaro também buscou se diferenciar do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao afirmar que possui um perfil mais moderado. Ele se descreveu como um político mais equilibrado e menos reativo diante de críticas.
“Eu sempre tive um perfil mais ponderado, de buscar equilíbrio e reagir menos quando sou provocado. Me considero um Bolsonaro mais centrado”, disse.
O senador citou ainda sua decisão de se vacinar contra a Covid-19 como um exemplo dessa diferença em relação ao pai. Segundo ele, tomou duas doses da vacina AstraZeneca, enquanto Jair Bolsonaro optou por não se imunizar.
Flávio anunciou oficialmente sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto no último dia 5 de dezembro, após visitar o pai, que está preso desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
*Com informações da CNN
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