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quinta-feira, dezembro 18, 2025

Amiga de Lulinha, herdeira milionária entra na mira da PF por suposta ligação com esquema

Foram feitas buscas contra a herdeira no bairro de Higienópolis, em São Paulo, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo

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A empresária Roberta Moreira Luchsinger, milionária envolvida com o ‘Careca do INSS’, foi alvo da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira, 18, pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU). Foram feitas buscas contra a herdeira no bairro de Higienópolis, em São Paulo, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Segundo o jornal, ela é herdeira de um ex-acionista do banco Credit Suisse, o suíço Peter Paul Arnold Luchsinger, seu avô. Além disso, ela foi casada com o ex-delegado da PF Protógenes Queiroz. Em 2017, ela chegou a anunciar que faria uma doação milionária a Lula, que estava sendo investigado pela Lava Jato. Ela se diz socialista.

Ela é acusada de ter recebido valores financeiros de Antônio Carlos Camilo Antunes, o ‘Careca do INSS’. Conforme aponta a colunista, ela seria o elo entre ele e o filho do presidente Lula, Luís Fábio. Em sua defesa, ela alega que as transferências não têm relação com o INSS, mas com um projeto de canabidiol que desenvolvia com Antunes.

Confira na íntegra a nota à imprensa divulgada pela defesa da mulher:

“Nota à Imprensa

Os representantes de Roberta Luchsinger esclarecem que a empresária jamais teve qualquer relação com descontos do INSS. Roberta Luchsinger e sua empresa atuam com a prospecção e intermediação de negócios com empresas nacionais e estrangeiras e, nesse âmbito, foi procurada no ano passado pela empresa Brasília Consultoria Empresarial S/A, de Antônio Carlos Camilo Antunes, para atuação na regulação do setor de empresas de canabidiol.

Cumpre esclarecer que os negócios se mantiveram apenas em tratativas iniciais e não chegaram a prosperar. Cumpre esclarecer, ainda, que mencionadas tratativas se deram em momento anterior às revelações dos desvios de descontos do INSS e da participação de Antônio Carlos Camilo Antunes nas investigações.

Malgrado tenham discutido, nessa fase embrionária, diversos ângulos sobre as necessidades de melhoria de regulação do setor e as hipóteses de contratação pelo poder público, nenhum contrato público foi celebrado jamais foi celebrado e nem mesmo negociado.”

Mais sobre a operação

Um dos principais alvos da nova fase da operação deflagrada na manhã detsa quinta foi o senador Weverton Rocha (PDT-MA). Ele é suspeito de ter realizado negócios com alvos investigados pelos desvios, segundo o Estadão. A polícia cumpre mandado de busca e apreensão na residência do senador.

Romeu Carvalho Antunes, filho mais velho e sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, é outro alvo e foi preso na operação. De acordo com o jornal, além de ter relação societária, ele tinha autorização para movimentar as contas de uma das empresas do pai que é suspeita de envolvimento nas fraudes em aposentadorias. O “Careca do INSS” está preso desde setembro.

O advogado Éric Fidelis, filho do ex-diretor do INSS André Fidelis, é outro alvo de buscas. A operação também cumpriu um mandado de prisão domiciliar e afastamento de Adroaldo Portal. Ele é jornalista e já trabalhou no gabinete de Weverton Rocha.

Em nota enviada ao Terra, o Ministério da Previdência Social confirmou que o ministro determinou a exoneração de Adroaldo: “O Ministério da Previdência Social e o INSS permanecerão contribuindo ativamente com as investigações e atuando para recuperar os recursos desviados por esse esquema que começou no governo anterior, mas foi interrompido neste governo”.

O ministro Wolney Queiroz, da Previdência, afirmou em entrevista coletiva nesta quinta que não sabia do envolvimento do secretário-executivo da pasta nas fraudes do INSS. O ministro explicou que soube da nova fase da operação por volta de 7 horas da manhã e que agiu rapidamente. “Assim que tomamos conhecimento das medidas judiciais a respeito do nosso secretário, eu determinei imediatamente que ele fosse exonerado”, afirmou.

Agora, o procurador-federal Felipe Cavalcante e Silva, atual consultor jurídico do ministério, foi convidado para ocupar o cargo de secretário-executivo e assume a função.

“Nós continuamos com a mesma determinação que nos trouxe até aqui e pela qual me comprometi com o presidente Lula”, diz Wolney Queiroz. Segundo o ministro, Lula pediu para que contivessem a crise, cuidassem dos aposentados e estabelecessem uma integridade e governancia no ministério.

“É o que eu estou fazendo. Não há nenhum envolvimento do Ministério da Previdência Social nessa operação, tanto que não houve nenhuma busca ou apreensão aqui no Ministério. E nós seguimos nessa mesma toada de buscar os responsáveis. Esse governo não protege ninguém”, complementou o ministro.

A Operação Sem Desconto investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Nesta quinta-feira, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ordens judiciais são cumpridas nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

Segundo a PF, as ações desta nova fase buscam “aprofundar as investigações da Operação Sem Desconto e esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.

Fonte: Terra

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