O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), descartou a possibilidade de deixar o cargo para disputar o governo do estado em 2026. Segundo ele, a intenção é permanecer à frente da prefeitura até o fim do mandato, em 2028.
A declaração ocorre em meio às movimentações da centro-direita para a próxima eleição presidencial. O governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) figura entre os nomes cotados para concorrer ao Palácio do Planalto. Caso isso se confirme, Nunes aparece como um dos principais nomes ventilados para a sucessão no Palácio dos Bandeirantes.
Durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, exibida nesta segunda-feira (15), o prefeito minimizou as especulações. “O Tarcísio nunca disse que será candidato à Presidência. Portanto, não existe essa discussão sobre eu disputar outro cargo. Estou muito satisfeito com a oportunidade que os paulistas me deram”, afirmou.
Nunes também citou pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná Pesquisas no mesmo dia, que aponta aprovação de 64,6% de sua gestão na capital paulista. Apesar do índice positivo, reforçou que sua prioridade segue sendo administrativa.
No campo político, o prefeito deixou claro seu alinhamento com a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Vou fazer todo o esforço para que estejamos em um projeto que não seja o do presidente Lula”, disse.
Ele reiterou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), escolhido recentemente pelo pai como representante da direita na disputa presidencial de 2026.
Para Nunes, mesmo com a pulverização de candidaturas da direita no primeiro turno — entre elas os governadores Ronaldo Caiado (GO), Romeu Zema (MG) e Ratinho Jr. (PR) —, há espaço para a formação de uma frente ampla no segundo turno. “É plenamente possível derrotar o Lula. No segundo turno, as forças contrárias ao PT tendem a se unir”, avaliou.
