A Prefeitura de Manaus tem o prazo de 30 dias para apresentar ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) as planilhas, cálculos e estudos técnicos usados para justificar o reajuste para R$ 5,00. A exigência do TCE-AM é oriunda de uma representação apresentada pelo deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza).
A ação entregue ao TCE-AM questiona a suposta ausência de informações claras sobre custos, demanda, frota e subsídios, apontando que o reajuste foi anunciado sem que a população tivesse acesso aos dados que embasaram a decisão.
A partir da representação protocolada, o TCE-AM também determinou que a Prefeitura de Manaus apresente uma auditoria completa do sistema de transporte, publique boletins trimestrais de desempenho e disponibilize um painel público com indicadores atualizados de custos operacionais, frota, demanda e subsídios — medidas que fortalecem o controle social sobre um serviço essencial para mais de 2,3 milhões de pessoas.
Aumento da passagem
O aumento da passagem de ônibus em Manaus tem sido discutido desde o início do ano. Em abril, a Prefeitura anunciou a entrada em vigor do novo valor da tarifa de ônibus, que passou de R$ 4,50 para R$ 6. Após diversas representações, o aumento foi suspenso pelas autoridades.
Na época, a alteração, determinada pela gestão municipal e coordenada pelo Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), estabeleceu a tarifa cheia em R$ 6. No entanto, a medida incluiu uma política de descontos segmentados. Passageiros que utilizassem o cartão eletrônico PassaFácil ou pagassem em dinheiro teriam desconto de R$ 1, pagando R$ 5. Estudantes não contemplados com gratuidade continuariam pagando R$ 2,50, mediante apresentação da carteira estudantil válida.
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Greve
Na última terça-feira (25), motoristas e cobradores do transporte coletivo em Manaus paralisaram as atividades no Terminal de Integração 1, na avenida Constantino Nery, zona Sul da capital. O protesto foi motivado por atrasos no pagamento do vale-alimentação, benefício que segundo os trabalhadores deveria ter sido depositado no dia 20, conforme acordo.
Os rodoviários afirmaram que não receberam o vale-alimentação, e estariam preocupados também com o pagamento do décimo terceiro salário.
Outro lado
O Convergente entrou em contato com a Prefeitura de Manaus para buscar um posicionamento a respeito e aguarda retorno.


