Uma enquete informal realizada pelo portal O Convergente nas redes sociais movimentou o debate político no Amazonas ao questionar internautas sobre suas preferências para o Senado em 2026. A pergunta feita foi: “Entre Wilson Lima, Plínio Valério (PSDB), Alberto Neto (PL) e Eduardo Braga (MDB), quem venceria a disputa pelo Senado no Amazonas?”
Após 24h de votação, os resultados mostram equilíbrio entre três candidatos e revelam um cenário ainda indefinido para a corrida ao Senado, com a participação de diversos usuários no feed do Instagram do O Convergente. Veja:
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Alberto Neto (PL): 31%
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Eduardo Braga (MDB): 30%
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Plínio Valério (PSDB): 27%
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Wilson Lima (UB): 12%
Embora não tenha valor científico, a enquete indica como parte do eleitorado engajado nas redes percebe o momento político e como avalia as principais lideranças do estado.
Na avaliação do advogado Efraim Félix, ativista político e especialista em relações institucionais e governamentais, o resultado parcial da enquete sinaliza um “cenário de alta competitividade e polarização digital para a disputa do Senado no Amazonas em 2026, refletindo as atuais dinâmicas de notoriedade e engajamento online”.
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“A performance equilibrada entre Alberto Neto (31%), Eduardo Braga (30%) e Plínio Valério (27%) revela que estes são os nomes com maior capital de lembrança e maior capacidade de mobilização em ambientes digitais neste momento. O fato de ser uma enquete informal em ambiente online indica que a amostra é enviesada para o eleitorado mais urbano e ideologicamente engajado”, destacou Efraim Félix.
Ainda na análise do advogado, o empate técnico entre três nomes é explicado pela confluência de diferentes vetores de força: “Alberto Neto capitaliza a onda de identidade ideológica, com forte ressonância na capital; Eduardo Braga se sustenta pelo capital político histórico e institucional (apoio da máquina e imagem do governo federal), crucial para a base do interior do estado; e o Plínio Valério mantém uma presença significativa, se beneficiando da condição de senador em exercício, com discurso aparentemente independente, conseguindo consolidar um nicho de apoio também ideológico, mas, principalmente, descontente com as gestões atuais no Executivo”, discorreu Félix.
Na disputa real, continua Efraim Félix, a estrutura partidária, tempo de mídia e a capilaridade no interior tendem a ser fatores decisivos. “Braga, com sua estrutura histórica, possui uma vantagem logística inicial, enquanto Alberto Neto deve focar na conversão do engajamento digital em voto físico.”
Eleitores se dividem
Os internautas que participaram da enquete deixaram comentários que refletem bem a polarização e os diferentes critérios usados na hora de escolher um senador.
Uma eleitora demonstrou apoio a Eduardo Braga: “Dudu está fazendo muito pelo Amazonas, com emendas na capital e no interior. É o melhor”, disse.
Já outra internauta mostrou rejeição aberta ao senador: “Eduardo Braga nunca mais ganha uma eleição no Amazonas, isso sim”, escreveu.
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Entre os que defendem nomes novos ou mais presentes no estado, um eleitor justificou seu voto em Alberto Neto: “Eu não voto em nenhum parlamentar que já quase mora em Brasília. Eu voto Alberto Neto.”
O advogado Efraim Félix destaca que o comportamento dos eleitores nos comentários revela muito mais do que simples preferência momentânea: evidencia um ambiente político marcado por fortes identidades ideológicas.
“Os comentários e a divisão de votos para nomes ligados a grandes grupos ideológicos (como o PL) e a defesa de pautas muitas vezes extremas demonstram um eleitorado altamente polarizado. Esta polarização tem um efeito duplo: Gera mobilização e fideliza a base de cada candidato, bem como solidifica o “voto contra” ou voto antagônico, onde a alta rejeição a um nome pode impulsionar o seu principal adversário no cenário de empate. A eleição para o Senado no Amazonas será, portanto, decidida pela capacidade de traduzir a força digital em voto de base e pela habilidade de cada candidatura em gerenciar a alta rejeição inerente a um cenário tão polarizado”, pontua.
Wilson Lima ainda não confirmou pré-candidatura
Vale lembrar que, dos quatro nomes citados na enquete, apenas o governador Wilson Lima (UB) ainda não confirmou se será candidato ao Senado. Nos bastidores, no entanto, fontes próximas ao governo afirmam que ele tem se movimentado discretamente para construir uma candidatura em 2026, avaliando cenários e possíveis alianças.
Para o analista político, a decisão do governador será determinante para reorganizar o jogo: “A eventual entrada de Wilson Lima na corrida para o Senado seria o fator mais desestabilizador. Ele traria consigo o peso da estrutura governamental e uma base fiel que reconfiguraria totalmente a distribuição de votos, provavelmente tirando apoio das bases tradicionais de Braga e testando a solidez da base de Neto”, concluiu.
