A secretária de Estado de Proteção Animal e deputada estadual licenciada, Joana Darc (UB), foi a entrevistada do programa Debate Político desta semana. A entrevista, conduzida pela jornalista Letícia Barbosa, foi transmitida na última terça-feira (11), pelo canal 8.2 da Rede Onda Digital e pelo YouTube.
Durante a entrevista, Joana Darc falou sobre gestão estadual, apontando conquistas, desafios e reflexões sobre representatividade feminina na política.
Atuação na Secretaria de Proteção Animal
Joana destacou o impacto da experiência no Executivo. Ao assumir a Secretaria de Proteção e Defesa Animal, ela passou a acompanhar de perto a execução das políticas que ajudou a formular enquanto legisladora.
“É muito importante para mim ver na prática aquilo que defendi por tantos anos. A secretaria é uma grande realização profissional e pessoal, unindo política e medicina veterinária.”
Joana destacou ainda sua sintonia com o governador Wilson Lima nas pautas de proteção animal e afirmou que o governo tem fortalecido ações voltadas ao bem-estar dos animais domésticos, apesar dos desafios estruturais.
Alta produção legislativa
Joana Darc afirmou que 2024 foi “um ano desafiador”, mas marcado por conquistas concretas para a causa animal e para políticas de inclusão. A deputada destacou sua “alta produtividade legislativa” e ressaltou que suas propostas têm se traduzido em políticas públicas efetivas.
Entre os projetos mencionados, ela citou legislações relacionadas ao Voluntariado de Proteção Animal, programas de castração, e a luta pela criação do Hospital Público Veterinário, iniciativas que, segundo ela, “saíram do papel e hoje fazem diferença na vida de muitas famílias e protetores”.
“Eu sempre digo que meu diferencial é pegar ideias e transformar em realidade. As pessoas me procuram com sugestões, e isso vira lei”, afirmou.
Carteira de Identificação da Pessoa com TEA
Durante a conversa, a deputada lembrou uma de suas principais leis aprovadas: a que criou a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). Ela disse se emocionar sempre que vê alguém utilizando o documento.
“Eu fico muito feliz, como política e como mãe atípica. Essa carteira garante direitos, protege famílias. É um orgulho enorme.”
Mulheres na política
Durante a entrevista, Darc reforçou, porém, que o Brasil precisa aumentar a presença de mulheres em espaços de poder.
“Não temos nenhuma mulher no Senado e nenhuma na Câmara Federal pelo Amazonas. Para avançar em pautas femininas, precisamos de mulheres nesses espaços.”
Sobre machismo na política, Joana afirmou que o enfrentamento público aos casos de violência política de gênero contribuiu para mudar comportamentos dentro do Legislativo.
“Hoje há mais respeito. As pessoas entendem que levantar o tom não é ser ‘barraqueira’. É se defender. Quando o homem faz isso, é firme; quando a mulher faz, é atacada. Isso é violência política.”
Ela frisou que críticas pessoais, especialmente sobre maternidade, ainda são frequentes, sobretudo nas redes sociais, mas que ela mantém uma postura firme para enfrentar essas situações.
Câmara Federal
Joana Darc destacou que em 2026 pretende buscar a reeleição para a Assembleia Legislativa. Ela reconheceu que, com a votação que recebeu na última eleição, teria condições de ter disputado e alcançado um mandato na Câmara Federal, mas explicou por que não avançou com esse projeto.
“Eu não trabalho hoje para ir à Câmara Federal. Minha prioridade são meus filhos. Uma mulher pensa diferente porque tem outra carga. Política é nuvem: muda muito, mas eu estou concentrada na minha reeleição.”
Jogo das Cartas
Relação com a deputada Alessandra Campelo. Ao ser questionada sobre sua relação com a deputada Alessandra Campêlo, Joana Darc foi direta:
“É nota 10. Alessandra me ajudou muito quando cheguei à Aleam. Aprendo com ela e vejo que ela também aprende comigo.”
Ao sortear a imagem do governador Wilson Lima (UB), ela foi questionada sobre a possibilidade de mudar de partido: “Não tem essa possibilidade, eu sou muito respeitada dentro do União Brasil, eu sou uma representante feminina no legislativo”, disse.
A última carta sorteada foi a do senador Omar Aziz (PSD), onde ela foi questionada sobre uma possibilidade de aliança. Na avaliação dela, tudo pode acontecer na política até que as composições sejam oficialmente definidas em 2026.
“Vejo que as possibilidades sempre podem existir, porque a política é isso, hoje está de um jeito, mas amanhã pode estar de outro”, comentou.
Confira o programa na íntegra:
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