O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou nesta terça-feira, 28, que a cidade “não ficará refém de grupos criminosos”. A declaração foi feita em meio à megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que já é considerada a mais letal da história do Rio, com 64 mortes confirmadas até as 15h — entre elas, quatro policiais.
Em publicação nas redes sociais, Paes informou que está acompanhando as ações diretamente do Centro de Operações do Rio (COR) e determinou que todos os órgãos municipais mantenham o funcionamento normal, prestando assistência à população sempre que necessário.
Segundo o prefeito, o poder público deve “agir com firmeza” para garantir a segurança dos trabalhadores e reduzir os impactos da crise na rotina dos cariocas.
“A minha primeira mensagem que eu gostaria de passar é que o Rio de Janeiro não pode e não vai ficar refém de grupos criminosos que buscam espalhar medo em nossa cidade. Compete ao poder público a tarefa de ser implacável contra os grupos criminosos que buscam amedrontar o trabalhador”, declarou o prefeito.
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Batizada de “Operação Contenção”, a ação mobiliza forças da Polícia Militar e da Polícia Civil, que colocaram toda a tropa em estado de prontidão — inclusive o efetivo administrativo. Até o momento, foram apreendidos 75 fuzis, além de pistolas e granadas, e mais de 100 suspeitos foram presos.
Durante os confrontos, criminosos reagiram com barricadas e uso de drones, o que levou ao fechamento de vias estratégicas, como a Linha Amarela e a Avenida Brasil. O bloqueio dessas rotas causou graves transtornos na mobilidade urbana, resultando na suspensão de aulas e no interrompimento de atendimentos em diversas unidades de saúde da região.
A operação, segundo as autoridades de segurança, tem como objetivo conter a expansão de facções criminosas e retomar áreas dominadas por milícias e traficantes. Enquanto a tensão permanece nas comunidades da Zona Norte, a Prefeitura afirma que seguirá mobilizada para garantir serviços essenciais e apoiar os moradores afetados pela violência.


