Durante a cerimônia de abertura de um novo terminal portuário nos Estados Unidos, autoridades portuárias e federais cobriram os logotipos da empresa chinesa Shanghai Zhenhua Heavy Industries Company (ZPMC) nos guindastes com bandeiras americanas. O gesto, segundo analistas, teve como objetivo “americanizar” a imagem do porto em um momento de alta visibilidade política, em meio à postura mais rígida da administração Trump em relação à presença chinesa em infraestrutura crítica.
O plano, no entanto, não saiu como esperado. Durante a transmissão ao vivo do evento, uma rajada de vento forte removeu uma das bandeiras, revelando o nome e os caracteres chineses da fabricante. A cena viralizou nas redes sociais e foi amplamente repercutida pela mídia, gerando memes e críticas sobre a tentativa de ocultar a origem dos equipamentos.
A ZPMC é uma gigante estatal chinesa que domina o mercado mundial de guindastes portuários, responsável por cerca de 80% dos modelos ship-to-shore, os grandes equipamentos usados para movimentar contêineres em portos americanos.
O incidente reacendeu o debate sobre a dependência de fornecedores estrangeiros em áreas estratégicas em um momento de guerra comercial declarada pelo presidente americano, Donald Trump.