Um dia após protagonizarem uma discussão, os vereadores Raulzinho (MDB) e Rodrigo Guedes (PP) usaram o tempo de fala na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta terça-feira (14), para se pronunciarem sobre o desentendimento ocorrido entre eles durante a vistoria ao Parque Cidade da Criança.
Ambos os parlamentares realizaram a vistoria no local na segunda-feira (13), acompanhados do subsecretário de Infraestrutura e Logística da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Radyr Jr. A visita foi motivada por denúncias de que o espaço estaria deteriorado, sem manutenção estrutural e em condições inadequadas para receber visitantes e famílias.
Ver essa foto no Instagram
O assunto veio à tona após outros parlamentares, durante a sessão plenária, comentarem sobre as dificuldades enfrentadas para fiscalizar as ações da Prefeitura de Manaus. Em seguida, o vereador Raulzinho subiu à tribuna e afirmou que a visita tinha como objetivo buscar soluções para o parque, mas que isso não foi possível devido à postura de Rodrigo Guedes.
“Já falei em vários discursos que a oposição é importante e salutar para o parlamento. Agora, eu sinto muita falta do ex-vereador Jefferson Péres, de Fábio Lucena, que devem estar envergonhados onde estiverem, porque nunca tivemos um ator de tão baixo nível neste parlamento. Ele tenta, de todas as formas, descredibilizar o trabalho dos vereadores desta Casa, como se fosse o paladino da moralidade”, declarou Raulzinho.
Minutos depois, Rodrigo Guedes também utilizou seu tempo de fala para rebater as declarações. Segundo ele, já são cinco anos da gestão David Almeida (Avante), sem que os problemas do Parque Cidade da Criança tenham sido solucionados.
O vereador ainda criticou Raulzinho, alegando que ele tentou impedi-lo de fazer questionamentos durante a vistoria:
“Não é nem zagueiro, é pior. Parecia a polícia tentando impedir qualquer coisa, colocando um escudo no secretário. Atitude vergonhosa. Eu tenho vergonha de dividir o parlamento com um parlamentar tão desqualificado, que não tem capacidade intelectual nenhuma. Só serve para bajular o prefeito e atrapalhar o trabalho de quem realmente quer fiscalizar”, afirmou Guedes.
Apesar da repercussão, a Prefeitura de Manaus não se manifestou sobre o caso. O Convergente procurou a gestão municipal para questionar a veracidade das denúncias e se há previsão de reformas no local, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.