O grupo Hamas libertou, nesta segunda-feira (13), os 20 reféns que ainda mantinha vivos na Faixa de Gaza, em cumprimento à primeira fase do acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos. Em contrapartida, Israel iniciou a libertação de 250 prisioneiros palestinos e de mais de 1,7 mil moradores de Gaza detidos. O gesto marca o primeiro avanço concreto rumo à trégua após dois anos de conflito que deixaram mais de 60 mil mortos.
Todos os 20 reféns que se acredita estarem vivos foram libertados. Eles foram divididos em dois grupos: sete foram libertados no norte de Gaza no início da manhã e 13 foram libertados no sul de Gaza mais tarde. Os corpos dos que morreram ainda não foram entregues a Israel.
Em troca dos reféns, Israel começou a libertar 250 prisioneiros palestinos e mais de 1,7 mil moradores de Gaza detidos. Os hospitais em Gaza estão se preparando para o retorno deles.
Ônibus levando prisioneiros palestinos chegaram em Ramallah, cidade que abriga a sede da Autoridade Nacional Palestina, adversária do Hamas, na Cisjordânia.
A libertação dos reféns faz parte do plano elaborado pelos EUA para encerrar a guerra em Gaza. Os corpos dos reféns falecidos — que seriam até 28 no total — serão entregues posteriormente, disse o Hamas.
No ataque perpetrado pelo Hamas no dia 7 de outubro de 2023, cerca de 1,2 mil pessoas morreram e 251 foram feitas reféns. Estima-se que 48 desses reféns ainda estavam nas mãos do Hamas, embora apenas 20 continuassem vivos.
Uma nota manuscrita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e sua esposa Sara Netanyahu faz parte de um kit entregue aos reféns recém-libertados quando eles chegarem de volta a Israel.
“Em nome de todo o povo de Israel, bem-vindo de volta!”, diz a nota.

“Estávamos esperando por vocês, lhe damos as boas-vindas. Sara e Benjamin Netanyahu.”
O kit também inclui roupas, um laptop, um celular e um tablet.
Fonte: BBC News Brasil