A pré-candidata ao Governo do Amazonas pelo Partido Liberal (PL), Professora Maria do Carmo, criticou duramente a forma como a BR-319 tem sido tratada pela política local. Durante entrevista a uma emissora de rádio, na noite de quinta-feira, 2, ela afirmou que a pavimentação da rodovia, que liga Manaus a Porto Velho, se transformou em “pauta eleitoreira”.
“Só lembram do assunto de quatro em quatro anos e depois deixam correr solto, por isso não acontece. Sou acostumada a persistir, isso vem da vida empresarial: não desistir. Pode anotar, vai ser a Maria do Carmo. A Marina vai encarar a Maria”, declarou, em tom de provocação à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Compromisso com a rodovia
Maria do Carmo assumiu o compromisso de resolver o problema histórico do chamado “trecho do meio”, que compreende 406 quilômetros sem pavimentação. “Quando vou em frente, sou igual ao nosso rio [Amazonas], arrastando tudo até conseguir. A BR-319 vai deixar de ser pauta eleitoreira”, reforçou.
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Impasse ambiental e político
Em 2022, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) chegou a conceder licença prévia para o asfaltamento do trecho, mas a autorização foi suspensa por decisão judicial em julho deste ano.
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou uma emenda que favoreceria o asfaltamento da rodovia durante a assinatura da Lei de Licenciamento Ambiental.
O tema permanece como um dos principais gargalos de infraestrutura do Amazonas, com forte impacto político e econômico para a integração da região ao restante do país.