O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) acatou uma representação contra o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e contra a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), para investigar possíveis irregularidades na execução orçamentária, financeira e física do programa Asfalta Manaus.
O documento, publicado no Diário Oficial Eletrônico de quarta-feira (24), não detalha quais pontos específicos serão analisados, mas amplia o cerco ao programa de recapeamento da capital.
Esta é a segunda representação admitida pelo TCE-AM em poucas semanas. Na semana passada, a Corte já havia determinado a apuração sobre o descumprimento da meta anunciada por David Almeida, que prometeu pavimentar 10 mil ruas durante o primeiro mandato.
A denúncia encaminhada pelo vereador Capitão Carpê (PL), alega que os contratos e aditivos do programa já somam mais de R$ 1,5 bilhão, mas, ainda assim, a malha viária da cidade segue em más condições.
Conforme noticiou O Convergente, em maio de 2025, a Prefeitura de Manaus fechou diversos acordos para a nova etapa do Asfalta Manaus, sendo um deles no valor de R$ 26,7 milhões, para que os serviços fossem executados em um prazo de 8 meses.
A contratação ocorreu no momento em que o Ministério Público do Amazonas (MPAM) decidiu renovar o inquérito civil que investiga possíveis irregularidades na transparência e na divulgação de informações sobre o plano de ação e o cronograma de obras do programa Asfalta Manaus.
Outro lado
O Convergente entrou em contato com a Prefeitura de Manaus para buscar um posicionamento sobre a representação e aguarda retorno.
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