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sexta-feira, setembro 26, 2025

Marx, Weber e a Constituição em Rima de Oposição

Por

Por Erica Lima

Prometeram blindar-se em nome da “razão de Estado”,

Mas a Constituição lembrou: “Publicidade é princípio sagrado!”

(artigo 37, inciso caprichado)

e assim caiu a máscara do teatro encenado.

Queriam esconder o poder sob véu de conveniência,

Mas a Lei da Transparência gritou’: “Aqui só cabe ciência!”

E o que era blindagem virou contradição,

panela furada que não segura pirão.

Marx já dizia, com ironia de profeta:

“A ideologia é lente que distorce a vida concreta.”

O povo rema na correnteza da alienação,

Enquanto o poder navega na jangada da exploração.

Weber, meticuloso, soprava pelo vento do plenário:

“O poder se legitima pelo carisma, a lei ou o cenário.”

Mas carisma não compra voto quando a farsa é evidente,

e a PEC virou caricatura no imaginário da gente.

No plenário, rostos tensos, discursos sem nexo,

Era a racionalidade formal virando pretexto.

Tentaram blindar-se com verniz institucional,

mas a própria norma virou tribunal.

No fim, entre rima e sátira, restou a lição:

Paneiro furado não guarda jaraqui,

Nem blindagem segura a erosão

quando o povo descobre que pode rir e resistir.

Quem é Érica Lima?

Érica Lima é mestre em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia (Fiocruz Amazônia/UFAM), jornalista com registro profissional (DRT), apresentadora do Debate Político em parceria com a Rede Onda Digital (canal 8.2), diretora-executiva do portal O Convergente e escritora associada à AJEB/AM.

Mais do que títulos, carrega a missão de comunicar onde o silêncio impera nos rincões de uma Amazônia muitas vezes tratada como margem, mas que é centro de vida, de luta e de saber. Atua onde a estrada não chega, construindo pontes entre dados e vozes, entre o invisível e o essencial. Fomenta o protagonismo de mulheres que, mesmo sem diplomas, são catedráticas da vida e estrategistas na arte de viver.

Com expertise em pesquisa qualitativa eleitoral, desvela percepções, desvenda territórios simbólicos e transforma escutas em leitura crítica do presente político.

Leia mais: A mulher da Pesquisa Qualitativa no Amazonas: Palavras são anzóis

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