O deputado estadual Sinésio Campos tomou posse nesta segunda-feira, 22, como presidente reeleito do Partido dos Trabalhadores (PT) no Amazonas, após um período marcado por disputas internas e até ameaça de intervenção nacional na sigla. A diplomação garante a permanência de Sinésio no comando do diretório estadual entre 2026 e 2029.
Nas redes sociais, o parlamentar comemorou a vitória. “A reeleição mostra que estamos no caminho certo, com a força do povo que não se cala. Vamos seguir firmes na luta pelos direitos dos trabalhadores e pela defesa de nossa gente. O futuro é nosso e ninguém nos tira o que conquistamos”, publicou.
Leia mais: Presidente nacional do PT ameaça intervir no diretório do Amazonas durante reunião em Manaus
Em vídeo ao lado de representantes indígenas, Sinésio destacou a diversidade do partido. “Hoje a festa é do PT e da democracia. O PT tem um misto de gente, de povo, de raça, os povos originários, quilombolas, pescadores e pescadoras. Quero agradecer a todos que votaram”, declarou.
Reeleição
Em julho deste ano, Sinésio foi reeleito presidente do Diretório Estadual após obter mais de 7 mil votos, superando com larga vantagem seus adversários internos. Essa é a terceira vez consecutiva que o deputado estadual assume a presidência da legenda no Amazonas, consolidando sua liderança no partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estado.
Na mesma eleição, o vereador José Ricardo ficou em segundo lugar, com pouco mais de 1,3 mil votos, seguido por Luiz Borges, João Pedro, Barroncas, Arivan e Hebert. A disputa, no entanto, foi marcada por controvérsias e pedidos de impugnação. Na época, o grupo de José Ricardo questionou a votação na Zonal 2, que representa a zona Leste de Manaus, alegando que pessoas não habilitadas participaram do pleito.
Divergências e ameaça de intervenção
As tensões internas ganharam destaque no último dia 11 de setembro, quando o presidente nacional do PT, Edinho Silva, ameaçou intervir no diretório amazonense. Em vídeo que circulou nas redes sociais, Edinho aparece elevando o tom durante uma reunião em Manaus, batendo na mesa e cobrando o fim das disputas entre os grupos de Sinésio e José Ricardo.
Segundo relatos, a reunião foi marcada por trocas de farpas entre os militantes locais, levando Edinho a ser mais enfático. “Não permitiremos que disputas pessoais prejudiquem o PT no Amazonas”, teria afirmado.