Munido de habeas corpus concedido pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, para garantir o direito de permanecer em silêncio e não prestar compromisso na CPMI do INSS, o advogado Nelson Wilians Fratoni Rodrigues abriu os testemunhos ao colegiado nesta quinta-feira (18).
O depoente, que se recusou a assinar o termo de compromisso com a verdade, chegou a responder algumas perguntas do relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), mas após alguns questionamentos passou a dizer seguidamente que não possuía ligação com os fatos investigados pela comissão.
O relator questionou se “a fortuna e a ostentação” do advogado, em algum momento, eram resultado do roubo dos aposentados e pensionistas lesados e se a Polícia Federal cometeu “o maior erro da sua história”, com busca e apreensão nas dependências de Wilians. Ele respondeu mas uma vez que não tem ligação com as investigações da fraude.
Ligado a Maurício Camisotti, investigado por supostamente ser um dos beneficiários finais dos descontos indevidos envolvendo associações ligadas aos beneficiários lesados, o depoente não respondeu às perguntas, mas negou ter qualquer relação com as fraudes na Previdência.
Wilians foi convocado à CPMI por ter transações bancárias suspeitas com Camisotti, investigado por supostamente ser um dos beneficiários finais das fraudes envolvendo associações que lesavam os beneficiários. Ele foi alvo de mandado de busca e apreensão, cumprido pela Polícia Federal no âmbito da operação que apura fraudes no INSS.
*Com informações da Agência Senado
Leia mais: Senador pede quebra de sigilo bancário de empresas com participação de Nelson Wilians