Após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliados próximos voltaram suas atenções para possíveis sanções que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia impor a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo reportagem da jornalista Edilene Lopes, veiculada no programa CNN Arena, a expectativa é de que eventuais medidas tenham como alvo os ministros da Primeira Turma que acompanharam o voto do relator Alexandre de Moraes, com exceção de Luiz Fux.
Nesse cenário, nomes como Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin estariam na mira. A aplicação da chamada Lei Magnitsky, que prevê punições por violações a direitos humanos e atos de corrupção, poderia atingir não apenas os magistrados, mas também seus familiares e até escritórios de advocacia ligados a eles.
Entre os apoiadores de Bolsonaro, não há consenso sobre o timing de uma eventual ação de Trump. Parte aposta que ele só se moverá após a publicação do acórdão, prazo que pode chegar a 60 dias. Outros, porém, acreditam em sanções ainda na próxima semana.
Enquanto isso, o clima arrefeceu nas mobilizações de rua. Sem novos fatos após a decisão do STF, líderes bolsonaristas afirmam que só voltarão a convocar atos diante de novidades concretas — como sanções internacionais ou algum desdobramento em torno do voto de Fux.
Além da pressão política externa, os aliados também falam em recorrer a cortes internacionais. O argumento, sustentado em tratados assinados pelo Brasil e reforçado no voto de Fux, é o de que houve cerceamento de defesa, o que, segundo eles, configuraria violação a garantias fundamentais.
*Com informações da CNN
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