Com o fim do recesso parlamentar e a leitura do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS já realizada, o senador Omar Aziz (PSD-AM) desponta como figura central nas próximas etapas da investigação, segundo informações do jornal O Globo.
Nome escolhido para presidir os trabalhos da comissão, Aziz é visto como aliado do Palácio do Planalto e sua escolha representa um alívio inicial para o governo federal. Agora, a disputa se concentra na relatoria — função considerada ainda mais estratégica, por ser responsável pelo controle da pauta e dos pedidos de indiciamento.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já deixou claro que pretende indicar um nome fora da base do governo, mas também tem resistido a entregar a função a um parlamentar bolsonarista. A expectativa é que o relator seja escolhido entre integrantes do Centrão, com ligação direta ao próprio Motta, o que deve forçar o Executivo a negociar com o comando da Câmara. O nome deve ser oficializado ainda neste mês, após um acordo com os líderes partidários.
No radar da CPI estão convocações de figuras-chave da Previdência. Estão na mira o ex-ministro Carlos Lupi, o atual ministro Wolney Queiroz, além do presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e o ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto.
Setores bolsonaristas também pressionam para incluir nas investigações o nome de Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é vinculado ao Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das entidades citadas em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) que apontou indícios de fraudes em descontos aplicados a beneficiários do INSS. Frei Chico não é investigado e o sindicato nega qualquer irregularidade.
*Com informações do O Globo
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