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quinta-feira, julho 31, 2025

PF deflagra operação contra presidente da CBF e deputada em Roraima

Operação investiga suspeitas de crimes eleitorais cometidos vésperas das eleições municipais de 2024 em Roraima

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O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, e deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), e o marido dela, o empresário Renildo Lima, foram alvos nesta quarta-feira, 30, de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga suspeitas de crimes eleitorais cometidos vésperas das eleições municipais de 2024 em Roraima. As informações são do jornal O Globo.

As diligências cumprem dez mandados de busca e apreensão em endereços no estado e no Rio de Janeiro, incluindo a sede da principal entidade de futebol do país. Por determinação da Justiça, de acordo com a PF, R$ 10 milhões foram bloqueados nas contas dos investigados.

A investigação teve início em setembro de 2024, após a prisão em flagrante do empresário Renildo Lima, marido da deputada, que foi detido com dinheiro escondido na cueca, suspeito de envolvimento com compra de votos em Boa Vista, capital de Roraima. Na mesma operação, outras cinco pessoas foram presas com R$ 500 mil em espécie, incluindo dois policiais militares que estavam de folga e atuavam como seguranças particulares do grupo.

À época, a defesa da deputada afirmou que Lima havia participado de audiência de custódia e comprovado “a legalidade dos recursos sob sua responsabilidade e o destino correto do dinheiro”.

Empresas ligadas ao casal têm contratos com o governo

Renildo Lima é dono da empresa Asatur, que atua no transporte intermunicipal de passageiros, e da companhia de táxi aéreo Voare, contratada pelo governo federal para voos à Terra Indígena Yanomami.

Helena da Asatur, eleita com 15.848 votos em 2022, é a única mulher na bancada federal de Roraima. Além do mandato, tem trajetória empresarial ligada ao setor de transporte e aviação.

Já Samir Xaud, atual presidente da CBF, integra o mesmo grupo político da deputada e do marido. Filiado ao MDB de Roraima, ele foi candidato a deputado federal nas eleições de 2022, mas não se elegeu. Ele assumiu o comando da entidade máxima do futebol brasileiro em maio deste ano.

CBF tenta se desvincular da operação

Em nota divulgada pelo O Globo, a CBF declarou que a operação não tem relação com o futebol e que o presidente da entidade “não é o centro das apurações”. A confederação afirmou ainda que nenhum equipamento ou material foi apreendido e que Xaud “permanece tranquilo e à disposição das autoridades”.

O Convergente entrou em contato com a CBF para obter a íntegra do posicionamento da entidade. A reportagem também buscou manifestação da deputada federal Helena da Asatur, mas não obteve retorno de nenhuma das partes até a publicação da matéria.

A redação não localizou contato para falar com empresário Renildo Lima, mas esclarece que o espaço segue aberto para devidas manifestações.

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