O delegado da Polícia Federal Umberto Ramos, amazonense e atual adido da PF na embaixada brasileira em Roma, teve papel fundamental na prisão da ex-deputada Carla Zambelli (PL-SP) na capital italiana. A informação foi revelada pelo jornalista César Tralli, durante a programação da GloboNews nesta terça-feira (29/07).
De acordo com Tralli, foi o delegado brasileiro quem localizou o paradeiro de Zambelli, produziu imagens e reuniu provas que sustentaram o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro à Justiça italiana. Umberto Ramos também teria sido responsável por intermediar o contato com as autoridades locais, acelerando a cooperação entre os dois países.

“Foi ele quem, com uma equipe muito pequena de apoio, localizou de fato o paradeiro de Zambelli, que estava vivendo na Itália desde que fugiu do Brasil. Ele identificou o endereço, fez fotos, imagens e montou um pequeno dossiê para dizer: ‘Está aqui, nós encontramos a Zambelli’. Esse material foi repassado à polícia italiana”, afirmou o jornalista.
Umberto Ramos é irmão do ex-deputado federal Marcelo Ramos, foi superintendente da PF no Amazonas, e é conhecido por sua atuação no combate ao crime organizado e a crimes ambientais. Como adido da PF na Itália, Ramos atua como elo entre a Polícia Federal brasileira e as forças de segurança italianas, em um cargo de alta confiança estratégica.
Prisão e extradição de Zambelli
Carla Zambelli foi considerada foragida após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão por envolvimento em uma organização criminosa digital. A ex-parlamentar deixou o Brasil e estava vivendo na Itália sem se esconder, segundo relatado por Tralli.
“Zambelli não estava escondida. Estava vivendo normalmente, mas o trabalho do delegado brasileiro foi decisivo”, reforçou o jornalista.
O governo brasileiro solicitou formalmente a extradição da ex-deputada, que foi detida com base nas informações reunidas por Ramos e sua equipe.