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quarta-feira, julho 16, 2025

Manauaras enfrentam dificuldades para obter medicamentos na rede pública

Semsa garante acesso aos remédios da rede municipal, mas pacientes apontam desabastecimento frequente nas unidades de saúde

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Moradores de Manaus têm relatado dificuldades constantes para obtenção de medicamentos na rede básica. Em denúncia recebida pelo Portal O Convergente, três pacientes, de 57, 27 e 25 anos, respectivamente, alegam que não estão conseguindo remédios para tratamentos contínuos de saúde.

O problema contrasta com mensagens divulgadas recentemente pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). A pasta divulgou que pacientes podem consultar a lista de itens ofertados na rede pública no site oficial, mas, na prática, o acesso aos produtos não é constante.

Pacientes relatam desabastecimento

Uma moradora de 57 anos da Zona Norte de Manaus, que preferiu não se identificar, conta que precisa, com frequência de um medicamento utilizado para sintomas da menopausa, receitado por médico da própria rede pública. Além do tratamento que faz, ela também sofre com problemas de alergia para o filho, que necessita de histamínicos.
“Faltam muitos medicamentos nos postos e nas policlínicas. Sei porque sempre preciso dos medicamentos e nunca encontro”, disse a moradora.

Em contato com outro paciente, C. da Silva, de 27 anos, é morador do bairro Santo Agostinho e faz tratamento na rede pública. Ele foi receitado por um médico da rede municipal a usar dos medicamentos Bupropiona e Naltrexona, que, conforme informado na consulta, teria disponibilidade em unidades da Semsa. No entanto, o tratamento não teve continuidade pela falta de uma das medicações.

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Desde junho do ano passado, quando recebeu a receita, ele não conseguiu quantidade suficiente para conclusão do tratamento. “Não consegui dar prosseguimento no tratamento. Consegui somente o remédio bupropiona, o outro, não tinha disponível, e comprometeu a sequência do tratamento”, disse o C. da Silva.

Situação semelhante foi vivida por uma mulher de 25 anos, moradora do bairro São José Operário. Ela não faz uso contínuo de medicamentos, mas nas duas ocasiões em que precisou, se deparou com desabastecimento. “Fui atrás de ácido fólico e sulfato ferroso. Não faço o uso contínuo, mas das poucas vezes que eu precisei, eu não consegui”, afirmou a paciente, que não quis se identificar.

Contraste com o discurso oficial

Apesar dos relatos, a prefeitura de Manaus mantém, em seus canais oficiais, a afirmação de que a rede municipal disponibiliza os medicamentos do componente básico da assistência farmacêutica. A divergência entre a realidade enfrentada pelos pacientes e a informação divulgada levanta dúvidas sobre a eficiência na distribuição dos insumos.

Outro lado

A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde e aguarda um retorno a respeito das denúncias pela falta de medicamentos.

Arte: Gabriel Torres

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