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sexta-feira, junho 20, 2025

Bastidores: Plínio Valério admite saída do PSDB se fusão avançar, nega Câmara e articula reeleição ao Senado

A assessoria do senador negou veementemente qualquer mudança de planos

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Os bastidores da política amazonense voltaram a se agitar nos últimos dias com rumores de que o senador Plínio Valério (PSDB-AM) teria decidido não disputar a reeleição em 2026, e que estaria cogitando uma candidatura à Câmara dos Deputados. A especulação ganhou força após a suspensão do processo de fusão entre o PSDB e o Podemos, e em meio a incertezas sobre o futuro da legenda tucana no cenário nacional.

Fontes próximas ao senador indicam que Plínio estaria reavaliando sua estratégia para 2026 diante das mudanças no xadrez partidário, principalmente em função da possível fusão entre o PSDB e o PSD, o que o colocaria no mesmo campo político que o senador Omar Aziz (PSD-AM) — com quem Plínio afirma não ter afinidade política.

Apesar da movimentação nos bastidores, a assessoria do senador negou veementemente qualquer mudança de planos. “Nada disso procede. Continua o mesmo projeto de 2026, da recondução [ao Senado]. Sobre a fusão do PSDB e Podemos, o senador está aguardando os próximos passos para ver o que acontece. Mas, em outro caso, ele sai do partido”, informou a equipe.

Veja também: Bastidores: Plínio Valério descarta aliança política com Omar Aziz em possível fusão entre PSDB e PSD

PSDB em xeque

Na última semana, o PSDB suspendeu oficialmente as tratativas para fusão com o Podemos, alegando divergências em torno do comando da eventual nova legenda. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, afirmou que o partido pretende seguir construindo uma plataforma política de centro, oferecendo uma alternativa de poder nas eleições de 2026.

Essa indefinição abriu brechas para discussões sobre novas estratégias eleitorais por parte dos parlamentares tucanos, especialmente aqueles com perfil mais independente — como é o caso de Plínio Valério.

Veja também: Plínio Valério é convidado a ingressar no PL de Bolsonaro

Rumo indefinido

Apesar da negativa pública de que vá disputar outro cargo, a proximidade de 2026 e o cenário ainda instável no PSDB colocam Plínio em uma posição estratégica: se permanecer na sigla e manter a pré-candidatura ao Senado, enfrentará possíveis alianças que ele já afirmou não aceitar; se optar por uma candidatura à Câmara, teria que recalcular sua base de apoio e construir uma nova narrativa junto ao eleitorado.

Em declarações anteriores ao portal O Convergente, Plínio já havia dito que não aceitaria uma eventual fusão com partidos como o PSD ou o MDB, reforçando que “não há convivência política possível” com Omar Aziz ou Eduardo Braga. “A minha amizade com o Omar é muito grande, de respeito, ele por mim e eu por ele. Mas não tem como conviver politicamente, nem com ele, nem com o Eduardo Braga”, afirmou à reportagem, em fevereiro deste ano.

Outro elemento que ronda o futuro do senador é a possibilidade de mudança de partido. Em 2023, ele recebeu convite do Partido Liberal (PL), legenda comandada por nomes fortes da direita nacional, como o ex-presidente Bolsonaro. Na ocasião, ele confirmou ter recebido propostas de diferentes siglas, mas preferiu permanecer no PSDB.

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