O recuo na fusão entre PSDB e Podemos promete movimentar o tabuleiro político do Amazonas. Nos bastidores de Brasília, ganham força os rumores sobre uma possível união entre PSDB e MDB de olho nas eleições de 2026.
No entanto, essa articulação encontra resistência no cenário local, especialmente pela disputa ao Senado. Tanto Plínio Valério (PSDB) quanto Eduardo Braga (MDB) manifestaram interesse em buscar a reeleição, o que colocaria os dois senadores na mesma corrida por uma única vaga.
No mês passado, Eduardo Braga lançou-se como pré-candidato à reeleição. Plínio Valério, por sua vez, já admitiu a intenção de disputar um novo mandato.
O cancelamento da fusão entre PSDB e Podemos se deu por divergências internas sobre o comando da nova legenda. No Amazonas, uma possível aliança entre PSDB e MDB também tende a enfrentar impasses.
Ao O Convergente, o senador Plínio Valério afirmou que deve deixar o partido caso a sigla avance nas tratativas com o MDB. “Caso isso se concretize, não tenho como permanecer no PSDB. Uma coisa é a fusão com o Podemos, já com o MDB não tem condições”, declarou.
Em fevereiro, Plínio já havia antecipado que não permaneceria no PSDB se a legenda se fundisse com o PSD ou o MDB. “Não tem como conviver politicamente, nem com ele, nem com o Eduardo Braga. Portanto, se a fusão for com esses partidos, eu saio do partido”, disse à época.
Outra possível baixa no PSDB é o ex-prefeito Arthur Virgílio Neto. Em entrevista ao programa Debate Político, exibido na última terça-feira (17), ele indicou a intenção de deixar a sigla.
“O PSDB mudou muito. Hoje está em uma fusão […], mas já foi – não o maior – […], mas nasceu para ser um partido muito grande. Já elegeu dois presidentes e, mesmo quando não elegeu, tinha representantes no segundo turno”, afirmou.