A Polícia Federal cumpriu mandados nesta sexta-feira, 13, no âmbito de uma nova operação que mira o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação foi motivada por uma investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) que apura uma suposta tentativa de Cid de obter cidadania portuguesa com o objetivo de deixar o Brasil.
De acordo com informações da TV Globo, fontes da investigação e advogados confirmaram que havia uma ordem de prisão contra Mauro Cid. No entanto, a defesa do militar afirmou que o mandado foi revogado antes de ser cumprido. A PF ainda não detalhou o motivo da revogação.
Segundo as investigações, o suposto plano de fuga de Mauro Cid teria contado com o apoio do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que integrou o governo Bolsonaro. Gilson foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira em Recife, conforme revelou o blog da jornalista Andréia Sadi.
A suposta tentativa de obtenção de cidadania portuguesa por Mauro Cid, aliada à suspeita de que ele pretendia deixar o país para escapar das investigações em curso, levanta novas preocupações sobre a atuação de aliados do ex-presidente em possíveis esquemas de obstrução da Justiça. A PGR e a PF seguem apurando a extensão da suposta rede de apoio ao plano de fuga.
Cid, Bolsonaro e outros 29 são réus por uma suposta tentativa de golpe de Estado que, segundo a PGR, tinha o objetivo de manter o ex-presidente no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.