O programa Debate Político, do O Convergente, da terceira temporada foi ao ar nessa terça-feira (29), e recebeu o vereador de Manaus Rodrigo de Sá (PP) em uma entrevista mediada pela apresentadora Letícia Barbosa. O programa é exibido todas as terças-feiras, às 20h30, com transmissão pelo canal 8.2 da TV aberta e pelo youtube da Rede Onda Digital.
No início da entrevista, o vereador falou sobre a mudança de sair do cargo público e entrar na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
“É uma mudança intensa na rotina, venho de uma experiência de serviço público há 23 anos […], toda minha vida foi pauta na gestão, no executivo, ou de assessoramento ou de gestor. […] É uma experiência absolutamente nova e enriquecedora e que me permite a ajudar a população de Manaus”, comentou.
O parlamentar também falou de pautas defendidas por ele nesses primeiros meses de mandato. No programa, Rodrigo de Sá abordou sobre a defesa das mulheres em todos os campos.
“Hoje, o Parlamento vive uma escassez de mulheres, só temos três mulheres, uma redução da legislatura passada para essa […]. Esse déficit de representatividade faz com que precisamos de políticas públicas veemente”, disse.
Relação entre Poderes
Questionado sobre os retornos solicitados por ele à Prefeitura de Manaus, o vereador de primeiro mandato revelou que não possui uma ‘comunicação muito clara’ com a gestão do prefeito David Almeida (Avante).
“Te confesso que não tenho uma comunicação muito clara com a Prefeitura, como parlamentar, acredito que tenhamos essa harmonia […]. Não tenho nada contra o prefeito e vice-prefeito, mas algumas coisas não podemos concordar. […] Apesar do embate político eleitoral, quando você entra no exercício do mandato, você não pode entrar já sendo oposição. Tenho para mim que a oposição é uma situação”, afirmou.
Com relação às investigações que cercam o prefeito de Manaus, o vereador falou sobre a tentativa de instaurar uma CPI na Câmara para apurar os empréstimos solicitados no primeiro mandato de David Almeida.
“É natural que uma CPI gere um desgaste para quem está sendo investigado, porque a pessoa não quer ser investigado, a pessoa talvez não queira que os fatos sejam aclarados, mas a população clama por isso. Tenho acompanhado as manifestações nas redes sociais, as pessoas tem me abordado nas ruas no sentido de querer saber o que de fato houve com o dinheiro dos empréstimos obtidos quando no primeiro mandato do prefeito”, disse.
União Progressista
Com a fusão entre os partidos União Brasil e Progressistas, oficializada na terça-feira, Rodrigo de Sá enfatizou que a federação será a maior do país.
“É uma decisão importante e difícil. Não é que não terão independência, […] as siglas permanecem com a sua identidade. Isso faz com que tenhamos mais tempo de TV, unindo os fundos eleitorais, vamos ter o maior fundo, maior representatividade na Câmara dos Senados, maior representatividade no Senado”, alegou.
“Para fins eleitorais vira uma coisa só, para fins administrativos, cada um permanece ali. Não chega a ser uma fusão, significa que os dois vão caminhar juntos […] É uma chapa muito mais forte e robusta”, detalhou.
Ainda de acordo com Rodrigo de Sá, o Amazonas não sofrerá impacto por conta da federação, uma vez que os dois partidos já estão alinhados.
“Aqui no Amazonas não vamos ter problemas, os dois partidos já são alinhados. Eu sou presidente do PP, vindo de uma indicação do governador Wilson Lima. É uma transição muito tranquila e muito positiva”, disse.
Bastidores Políticos
Ao comentar sobre o cenário político que vem se formando, o vereador relatou que o governador Wilson Lima está aberto a manter o diálogo com todos os políticos, inclusive o prefeito David Almeida.
“Essa especulação sempre acontece na política. O governador Wilson Lima é um cara do diálogo e sempre aberto a conversas […]. Acredito que ele não tenha nenhuma dificuldade de conversar com o prefeito David Almeida, isso é natural, as divergências acontecem”, pontuou.
Questionado sobre a possibilidade de ser candidato em 2026, Rodrigo de Sá afirmou que seria ‘natural’, uma vez que é presidente da sigla PP.
“O processo político é dinâmico, mas não seria estranho se eu viesse candidato, até pela posição que eu estou como presidente do partido […]. Temos intensificado esse trabalho e isso pode nos credenciar para ser um dos candidatos. Não me esquivo de processos eleitorais, de desafio […], mas se eu fosse escolher, eu acho que precisamos ir galgando os postos”, afirmou.
Jogo das Cartas
A primeira imagem sorteada no Jogo das Cartas do O Convergente foi a do prefeito David Almeida. Ao comentar sobre, ele falou da proximidade entre o governador e o chefe municipal, e deu a nota 5 para a gestão de Almeida.
“Ele está no meio. Não dá para negar que tem muita coisa para melhorar, enquanto não tiver na realidade, a gente vai continuar criticando”, avaliou.
A segunda carta sorteada trazia a imagem da empresária Maria do Carmo (PL), que confirmou o nome como pré-candidata ao governo. Na visão do vereador, o governador Wilson Lima não descartaria compor chapa com a pré-candidata do PL.
“Todas as composições são válidas. Esse processo eleitoral foi antecipado, sabemos que política muito rápido e é muito dinâmico […]. Muita coisa pode acontecer, acho que existe um alinhamento com a direita e ela é do PL, o governador tem um alinhamento mais para a direita”, apontou.
A última carta sorteada por ele foi a do senador Omar Aziz (PSD). Questionado sobre uma possível aliança entre os políticos, ele afirmou que Wilson Lima está avaliando todos os cenários.
“O governador é um cara muito ponderado. Ele não toma decisões açodadas, apressadas. Acredito que ele esteja pensando, neste momento, em realmente avaliar todos os cenários […] O governador sabe da importância que ele tem no cenário político; é governador reeleito com a maior votação da história aqui no Amazonas. Ele vai decidir ainda se vai ser candidato ao Senado ou se vai terminar o governo. Eu só sei que a decisão que ele tomar, a gente vai estar ao lado dele […] e a partir daí ele vai definir apoios, mas depende muito da questão partidária também”, disse.
Confira o programa na íntegra: