Uma sessão da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados terminou em tumulto após uma discussão acalorada entre os deputados Lindbergh Farias (PT), líder do partido na Casa, e Gilvan da Federal (PL). A confusão precisou ser contida por outros parlamentares e pela Polícia Legislativa.
O embate começou quando Gilvan criticou duramente o presidente Lula, chamando-o de “corrupto” e “descondenado”. “Além de a gente ter um condenado por corrupção na Presidência da República, nós estamos importando corrupto. O que o senhor Lula fez foi importar corrupto.”
Diante das declarações, Lindbergh solicitou a palavra e rebateu, chamando o colega de “desqualificado”. Gilvan reagiu com agressividade e tentou avançar contra o petista, intensificando a tensão na sala.
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Gilvan é o mesmo deputado que, em uma reunião anterior da mesma comissão, afirmou desejar a morte do presidente Lula. Após a repercussão negativa, ele se desculpou publicamente, reconhecendo o excesso e afirmando que, como cristão, não deveria desejar o mal a ninguém.
Durante a confusão, o presidente da comissão, Paulo Bilynskyj (PL), interveio e saiu em defesa de Gilvan, acusando Lindbergh de ter iniciado a provocação sob o pretexto de uma questão de ordem.
“O deputado Lindbergh fez, foi iniciar uma questão de ordem e, de forma incorreta, utilizar essa questão de ordem para iniciar uma provocação contra o deputado Gilvan. O senhor não tem a palavra. O senhor não tem a palavra. O senhor vai respeitar a palavra do presidente. Ouça o presidente. Eu não vou. O senhor fique quieto”, pontuou.
A confusão ocorreu durante uma audiência pública com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, convocado para prestar esclarecimentos sobre as ações da pasta. Apesar disso, o foco principal da reunião acabou sendo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança.
Após o episódio, o presidente da Câmara, Hugo Motta, se manifestou nas redes sociais, afirmando que a PEC será modificada pelo Congresso, mas apelou para que o debate sobre segurança pública não seja politizado pelos parlamentares.
*Com informações da CBN
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