A Fundação Hospital Estadual do Acre (FUNDHACRE), sob a presidência de Soron Angélica Steiner, assinou um contrato milionário, com vigência de apenas um ano, para prestação de serviços de vigilância na unidade de saúde.
Além do curto prazo de duração, chama a atenção o valor elevado que será pago com recursos públicos, conforme publicação do Diário Oficial do Estado do Acre, edição de 16 de abril.
De acordo com o extrato do contrato nº 144/2025, a FUNDHACRE contratou uma empresa especializada para realizar serviços de vigilância patrimonial armada e desarmada no prédio da fundação. Os serviços também incluem a disponibilização de mão de obra qualificada, equipamentos, acessórios e o fornecimento de todos os insumos necessários para o controle de acesso à unidade.
Segundo o contrato, a FUNDHACRE pagará R$ 5,1 milhões pelo período de um ano. O documento ainda prevê que a contratação pode ser prorrogada por até dez anos.
A empresa contratada é a Columbia Segurança e Vigilância Patrimonial Ltda, registrada sob o CNPJ 02.050.778/0001-30. Conforme a Receita Federal, a empresa tem como principal atividade econômica a prestação de serviços de segurança privada e está sediada em Porto Velho, capital de Rondônia. Ainda segundo a Receita, a Columbia possui capital social de R$ 700 mil e dois sócios: Rivaldo Fernandes de Almeida Filho e Patrícia dos Santos Almeida.
COLUMBIAO extrato publicado no Diário Oficial não informa detalhes como a quantidade de profissionais que serão designados para atuar na unidade. O Convergente buscou mais informações sobre a contratação no Portal da Transparência do Acre, mas, ao inserir o número do contrato, o nome da FUNDHACRE e o da empresa contratada, o sistema não apresentou resultados.
Outro Lado
O Convergente entrou em contato com a FUNDHACRE e com a empresa Columbia para questionar como foi feito o orçamento, além de solicitar detalhes sobre a prestação dos serviços. Até o momento, não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestações das partes envolvidas.
Nota da Redação: Em retorno à redação, a FUNDHACRE solicitou a prorrogação do prazo de direito de resposta para se posicionar sobre o assunto “a fim de que seja possível instruir adequadamente a resposta com a devida análise técnica, jurídica e administrativa”. Levando em consideração a ética jornalística e garantindo o direito de resposta de todos os envolvidos, O Convergente acolheu o pedido da Fundação, estipulando o prazo máximo para o envio de resposta até o dia 22/04/2025, às 9h.
[Matéria atualizada em 18.04.2025 às 9h53 para incluir material informativo sobre a solicitação de prorrogação de resposta da FUNDHACRE]
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