O prefeito de Autazes, Thomé Neto, apresentou nesta sexta-feira, 11, o Projeto Potássio Autazes ao presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargador Jomar Fernandes. O encontro marca um passo importante na articulação institucional do município para garantir apoio à iniciativa, que conta com investimentos previstos de até US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões).
A apresentação foi registrada nas redes sociais do prefeito, que ressaltou a importância do momento: “Um momento importante para mostrar o potencial do nosso município e reafirmar nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável de Autazes. Seguimos trabalhando com responsabilidade e diálogo para garantir um futuro melhor para o nosso povo”, afirmou Thomé Neto.
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Projeto Potássio: a nova fronteira econômica do Amazonas
O Projeto Potássio Autazes promete transformar a economia do Amazonas, com investimentos previstos de até US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões). A iniciativa começou a tomar forma concreta em abril de 2024, quando o governador Wilson Lima entregou a licença ambiental para a instalação da planta industrial no município, destravando um processo que se arrastava há 15 anos.
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A mina de Silvinita, que será a maior do país, deve gerar 2,6 mil empregos diretos apenas na fase de construção, ao longo dos próximos quatro anos e meio. Quando em operação, a expectativa é de mais de 17 mil empregos diretos e indiretos, com até 80% da mão de obra local.
O potássio é essencial para a produção de fertilizantes usados na agricultura. Hoje, o Brasil importa cerca de 95% do potássio que consome. Com a produção iniciada em Autazes, estima-se que o país poderá suprir até 20% da sua demanda, reduzindo a dependência externa e fortalecendo a segurança alimentar.
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Sustentabilidade no centro do debate
A licença concedida à empresa Potássio do Brasil considerou todas as condicionantes ambientais, conforme informou o governo do estado. O local escolhido para a planta industrial já está antropizado, o que reduz a necessidade de desmatamento.
O ex-governador e economista José Melo, defensor da causa, reforçou os benefícios ambientais e econômicos do projeto.
“O nosso país é o segundo maior comprador de potássio do planeta e, hoje, com a produção de Sergipe, importa em torno de 95% do que precisa. O local em Autazes onde se pretende implantar a planta industrial já está antropizado, portanto, não haverá necessidade de suprimir significativa quantidade de árvores (mínima agressão ao meio ambiente).”, afirmou em entrevista ao portal O Convergente.