Durante o debate do segundo turno das eleições para a reitoria da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), realizado nesta semana, a candidata Tanara Lauschner, da chapa 57 – “Mudança!”, destacou a necessidade de reposicionar a instituição no cenário acadêmico nacional, com ênfase na valorização da identidade amazônica.
Questionada sobre a baixa presença da UFAM em espaços de destaque e deliberação no Brasil, Tanara defendeu que a universidade assuma papel de liderança na produção científica e política voltada para a região. “Quando se fala em Amazônia, é preciso que as pessoas da Amazônia passem por esse processo. Eu acho que por aqui passa a presença por esses conselhos”, afirmou.
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A candidata, que já atuou no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, compartilhou sua experiência e apontou o desconhecimento, por parte de gestores e pesquisadores de outras regiões do país, sobre a realidade da Amazônia. “O Brasil ainda desconhece a Amazônia. Desconhece como é feita pesquisa aqui, desconhece o custo amazônico, desconhece as necessidades que nós temos”, reforçou.
A eleição para a reitoria da UFAM está em um momento decisivo. As chapas 25 e 57 disputam voto a voto a preferência da comunidade acadêmica. No primeiro turno, a chapa 25 – “Por uma UFAM que humaniza, inclui e transforma”, liderada pelo professor Marco Antônio de Freitas Mendonça e pelo vice Armando Araújo de Souza Júnior, obteve 33,27% dos votos. Já a chapa 57, encabeçada por Tanara Lauschner e pelo vice Geone Maia Corrêa, ficou logo atrás, com 33,22%, uma diferença de apenas 0,05%.
Com esse cenário extremamente apertado, a votação do segundo turno está marcada para o dia 14 de abril e deve ser decisiva para definir os rumos da universidade no quadriênio 2025-2029.
Tanara, professora e pesquisadora reconhecida na área de tecnologia e inovação, defende uma gestão que fortaleça a atuação da UFAM em políticas públicas, além de promover maior inserção da universidade em conselhos nacionais e fóruns estratégicos