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terça-feira, abril 15, 2025

Deputado George Lins defende FCecon e pede revisão de norma que afeta pacientes com câncer

O diretor-presidente da FCecon, Dr. Gerson Mourão, reconheceu a complexidade do cenário e se comprometeu a avaliar a proposta do deputado

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Em manifestação na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta quarta-feira (9), o deputado estadual Dr. George Lins (União Brasil) defendeu que a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) também assuma, quando necessário, a responsabilidade pelo diagnóstico de câncer, como nos casos de câncer peniano e ósseo.

Segundo o parlamentar, a norma da FCecon, em vigor desde 2022, que exige biópsia prévia para abertura de prontuário, com algumas exceções, vem impedindo o acesso de muitos pacientes à unidade e atrasando o início do tratamento.

“Minha intenção é somar. Se a Fundação CECON pode atuar na prevenção com o Cepcolu (Centro Avançado de Prevenção ao Câncer do Colo do Útero), a FCecon também tem a responsabilidade de atuar no diagnóstico do câncer até que o Centro de Diagnóstico de Câncer não sai do papel”, disse o parlamentar durante sua participação na Cessão de Tempo, de autoria do deputado Delegado Péricles (PL), concedida ao mastologista Gerson Mourão, diretor-presidente da FCecon.

“Se pode prevenir, pode diagnosticar”

Dr. George contestou a justificativa da Fundação, que se baseia no seu perfil de hospital de atenção terciária — ou seja, voltado exclusivamente ao tratamento. Para o parlamentar, enquanto o Centro de Diagnóstico de Câncer não é uma realidade, a FCecon pode dar essa resposta à população.

“O câncer não espera. No caso do câncer de pênis, muito comum na nossa região, os pacientes chegam em situação avançada, muitas vezes com diagnóstico clínico evidente. Mas não podem ser atendidos na Fundação por falta de biópsia. Onde esse paciente vai conseguir fazer uma biópsia? Quanto tempo isso leva? Quando ele voltar, pode ser tarde demais”, alertou o deputado, que também é médico urologista.

Dr. George também citou as dificuldades dos prontos-socorros em realizar biópsias ósseas, por falta de especialistas e insumos adequados. Conforme ele, a criação de um Centro de Diagnóstico de Câncer permitiria agilizar o processo e garantir que os pacientes cheguem à FCecon com o diagnóstico necessário para iniciar o tratamento.

Pacientes sem acesso

A norma da FCecon permite a abertura de prontuário sem biópsia apenas em casos muito específicos, como tumores cerebrais, de fígado com marcador elevado ou de próstata com PSA acima de 200 ng/mL. Contudo, alguns tipode de cânceres seguem de fora da lista de exceções.

Gestão da FCecon promete avaliar proposta

Em resposta à manifestação, o diretor-presidente da FCecon, Dr. Gerson Mourão, reafirmou que a unidade é um hospital de atenção terciária e reconheceu o cenário complexo enfrentado. Ele se comprometeu a avaliar a proposta apresentada por Dr. George.

*Com informações da assessoria

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