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terça-feira, março 25, 2025

Dólar sobe para R$ 5,75 após declarações de Haddad sobre arcabouço fiscal

A cotação também foi influenciada após Trump anunciar a intenção de sobretaxar em 25% países que comprem petróleo da Venezuela

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Após vários dias de trégua, o mercado financeiro iniciou a semana com turbulências. O dólar subiu com novas ameaças de tarifaços do presidente norte-americano Donald Trump e declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A bolsa de valores descolou-se do exterior e caiu quase 1%.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (24) vendido a R$ 5,752, com alta de R$ 0,035 (+0,61%). A cotação chegou a subir para R$ 5,77 por volta das 9h50, após declaração de Haddad sobre uma possível mudança de parâmetros do arcabouço fiscal, mas desacelerou e voltou a operar em torno de R$ 5,73 após o ministro prestar esclarecimentos na rede social X.

Perto do fim das negociações, no entanto, a moeda norte-americana acompanhou o mercado internacional e voltou a disparar, após Trump anunciar a intenção de sobretaxar em 25% países que comprem petróleo da Venezuela. O mandatário norte-americano também anunciou que o tarifaço previsto para vigorar a partir de 2 de abril afetará alumínio, automóveis e produtos farmacêuticos.

O mercado de ações também teve um dia agitado. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 131.321 pontos, com queda de 0,77%. O indicador chegou a operar na estabilidade no fim da manhã, mas aprofundou a queda durante a tarde, descolando-se das bolsas norte-americanas, que se recuperaram de baixas expressivas e subiram nesta segunda.

Em um dia de volume baixo, a bolsa foi afetada pela realização de lucros, quando os investidores vendem ações para embolsar ganhos recentes, após três semanas de alta. No entanto, a conjuntura internacional também afetou porque as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, os investimentos mais seguros do planeta, subiram nesta segunda. Isso estimula a fuga de capital de países emergentes, como o Brasil.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu em defesa do arcabouço fiscal nesta segunda-feira (24), após uma declaração em evento promovido pelo jornal Valor Econômico provocar oscilações no dólar. Em postagem na rede X, o ministro comprometeu-se com o cumprimento das metas atuais do marco fiscal.

“Estão tentando distorcer o que falei agora em um evento do Valor. Disse que gosto da arquitetura do arcabouço fiscal. Que estou confortável com os seus atuais parâmetros. E que defendo reforçá-los com medidas como as do ano passado. Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo”, postou o ministro.

*Com informações da Agência Brasil

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