Marina Silva voltou às redes sociais no domingo (23) para rebater as declarações do senador amazonense Plínio Valério. O senador, na quarta-feira (19), disse que não se arrepende de ter afirmado, na sexta-feira passada, em um evento, que sentiu vontade de “enforcá-la” após ouvi-la por mais de seis horas na CPI das ONGs, da qual ele foi presidente.
Em sua resposta, Marina Silva expressou gratidão pelas manifestações de solidariedade que recebeu e denunciou a violência contra as mulheres no Brasil. “Sou muito grata a todas as palavras e gestos de solidariedade que recebi nos últimos dias por conta da violência que sofri por parte de um senador da República”, escreveu a ministra em suas redes sociais.
Marina Silva destacou a gravidade da violência contra as mulheres no país, citando dados do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) do Ministério da Justiça: “A realidade não é brincadeira. Dados do Sistema Único de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, do ano de 2024, apontam que 1459 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil. São quatro mulheres assassinadas por dia.”
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Relembre o caso
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) reafirmou na última quarta-feira (19) que não se arrepende da declaração em que sugeriu “enforcar” a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Em resposta, no programa “Bom Dia, Ministra”, Marina disse que a declaração do parlamentar é de um “psicopata.
A fala do senador ocorreu em um evento no Amazonas. Ele fez referência a uma sessão de CPI em que ficou ouvindo Marina por 6h. E disse para o público imaginar o que era passar esse tempo sem querer “enforcar” a ministra.
Na quarta, Valério comentou sua declaração no Senado. Ele disse que fez uma brincadeira.
“Na CPI das ONGs, a ministra Marina esteve na CPI. Foram 6 horas e 10 minutos que eu a tratei com educação. Ela provocou e eu não entrei nisso, com toda educação. Por ser mulher, ministra, por ser negra, por ser frágil, foi tratada com toda delicadeza. Ela sabe disso. Um ano se passou e eu fui receber uma medalha e na brincadeira, em torno de brincadeira, eu falei: ‘Imagina vocês o que é ficar com a Marina 6 horas e 10 minutos sem ter vontade de enforcá-la?’. Todo mundo riu, eu ri, brinquei”, justificou.