O ato convocado pelo ex-presidente para esse domingo, 16, reuniu centenas de apoiadores no Rio de Janeiro, mas teve baixa adesão em Manaus, após o movimento ter sido cancelado na capital amazonense. Na capital carioca, dois parlamentares do Amazonas, o deputado federal Alberto Neto e a deputada estadual Débora Menezes, ambos do Partido Liberal (PL), estiveram presentes.
Os manifestantes foram às ruas em apoio ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e em defesa da anistia de presos envolvidos no 8 de janeiro de 2023. Vestidos de verde e amarelo, os apoiadores usaram cartazes e entoaram palavras de ordem como “Anistia Já” e “Fora Lula 2026”.
Os políticos do Amazonas, no Rio de Janeiro, registraram o protesto nas redes sociais, compartilhando vídeos dos manifestantes e a chegada de Bolsonaro ao evento.
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“Bolsonaro planta uma semente no coração de cada brasileiro, que a luta pela anistia é uma luta de todos nós, uma luta por um país melhor”, afirmou Alberto Neto, ao defender o movimento como parte da luta pela justiça e liberdade.
O deputado amazonense é aliado de Bolsonaro, de quem recebeu apoio para as eleições municipais de 2024, quando disputou a Prefeitura de Manaus. Na ocasião, Alberto Neto perdeu, no segundo turno, para o atual gestor David Almeida (Avante). O parlamentar, contudo, já tem nome cotado para concorrer uma vaga ao senado com aval de Bolsonaro.
Débora Menezes, cuja família tem amizade pessoal com o ex-presidente, também compartilhou registros da manifestação. Por meio das redes sociais, a parlamentar defendeu a anistia e afirmou que a prisão de envolvidos no 8 de janeiro de 2023 foi injusta.
“Representando o Amazonas, porque temos um compromisso com os patriotas de todo o Brasil, principalmente com aqueles que estão agora na prisão de forma injusta! Anistia já!”, declarou a parlamentar, por meio das redes sociais.
A manifestação
A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) contabilizou cerca de 400 mil pessoas no protesto na orla de Copacabana. Já a Universidade de São Paulo (USP) registrou 18,3 mil manifestantes.
O registro da PM, segundo a CNN, foi monitorado pelo 19°BPM de Copacabana com apoio do 1º CPA (Comando de Policiamento de Área) e o Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar. Já os dados divulgados pela USP foram do “Monitor do Debate Político do CEBRAP e a ONG More in Common.
Em Manaus, o movimento havia sido cancelado por orientação de Bolsonaro para que a concentração acontecesse apenas no Rio de Janeiro, segundo publicou O Convergente. Apoiadores, contudo, estiveram estiveram nesse domingo, 16, na Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus.
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Segundo o portal do Holanda e Dia a Dia, um grupo de cerca de 26 pessoas marcaram presença na tarde de ontem para apoiar o ex-presidente. Os manifestantes também levaram cartazes, a bandeira nacional do Brasil e foram vestidos de verde e amarelo.
Bolsonaro
No ato, o ex-presidente Jair Bolsonaro discursou e voltou a afirmar que as acusações contra os investigados pelo ataque às sedes dos Três Poderes carecem de provas. “Eles querem a minha condenação. Não vou sair do Brasil. Escolhi o lado mais difícil, o lado do meu povo brasileiro. Não tenho obsessão pelo poder, tenho paixão pelo Brasil”, declarou.
Bolsonaro mencionou o que chamou de injustiças cometidas contra os manifestantes presos e classificou a atual conjuntura política como uma ameaça à democracia. “A alma da democracia é a transparência, e hoje isso está sendo ameaçado por uma justiça que esconde a verdade e quer manipular o povo brasileiro”, afirmou.
O ex-presidente também mencionou o ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e fez comparações entre membros do atual governo e integrantes de sua gestão.
“Dá para comparar a (atual primeira-dama) Janja, com a Michelle (Bolsonaro, sua esposa)?”, questionou o ex-presidente, reforçando críticas ao governo Lula durante o evento.
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Por: Bruno Pacheco
Ilustração: Marcus Reis
Revisão Jurídica: Letícia Barbosa