A Polícia Federal, em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, deflagrou nesta quarta-feira, 12, no município de Apuí (a 1.096,6 quilômetros de Manaus), a Operação Máscara Rural com o objetivo de reprimir os crimes de desmatamento ilegal, invasão de terras da União e lavagem de dinheiro.
De acordo com a assessoria de comunicação da PF, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos no município e realizada a prisão preventiva em desfavor de um ex-vice-prefeito de Apuí, cujo nome não foi divulgado.
Além da prisão, a Justiça determinou o sequestro de bens avaliados em mais de R$ 19 milhões, correspondente ao dano ambiental que teria sido causado na região, cujos detalhes não foram fornecidos pela PF.
As investigações começaram, segundo a PF, após a identificação de movimentações financeiras incompatíveis com a renda do suspeito. De acordo com a Polícia Federal, programas periciais avançados apontaram que o investigado realizava transferências para pessoas físicas e jurídicas sem justificativa aparente, além de saques e depósitos fracionados de origem suspeita.

Imagens de satélite analisadas durante a apuração revelaram um desmatamento intenso na propriedade do suspeito em agosto de 2024. A devastação atingiu não apenas uma área embargada pelo IBAMA, mas também regiões vizinhas.
Crimes podem levar a 17 anos de prisão
Os danos ambientais causados foram estimados em R$ 19 milhões. Como parte da operação, bens do investigado foram sequestrados para reparar os prejuízos ambientais. Caso condenado, o ex-vice-prefeito pode pegar até 17 anos de prisão.
Prefeitura
O Convergente entrou em contato com a atual administração da Prefeitura de Apuí, por meio do endereço de e-mail [email protected], solicitando posicionamento a respeito do caso. Até a publicação, sem retorno.