Na última semana, a ministra da Gestão, Esther Dweck, comentou sobre a realização do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) e apresentou informações sobre o planejamento da nova edição para o ano de 2025.
“O nosso objetivo é que todos os brasileiros e brasileiras que tenham essa vontade de entrar no serviço público federal possam fazer isso, pois a gente acha que trabalhar no serviço público federal é, na verdade, uma vocação. Você vem para servir a população, para fazer a diferença, para melhorar a nossa situação. E a gente tendo um serviço público que seja cada vez mais com “a cara do Brasil”, a gente sabe que as políticas também serão cada vez mais “a cara do Brasil” e melhores para a nossa população”, afirmou a ministra.
A ministra disse que a intenção do MGi é lançar o edital da segunda edição do CPNU no final do primeiro trimestre deste ano e fazer a aplicação das provasno segundo semestre, com preferência para agosto .“Gostaríamos de repetir a prova em agosto porque, após o que aconteceu no Rio Grande do Sul, fizemos um mapa hidrológico e descobrimos que esse é o mês de menor incidência de chuvas no Brasil”, explicou Dweck.
Entretanto, a ministra lembrou que o calendário ainda depende da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), com votação prevista para 10 de março no Congresso Nacional. “Precisamos da aprovação final da LOA para ter a dimensão exata do recurso disponível para novos concursos”, acrescentou.
De acordo com a ministra, a nova edição do CPNU terá seleções para as duas novas carreiras transversais criadas por meio de Medida Provisória 1.280/2024. A carreira de Desenvolvimento das Políticas de Justiça e Defesa atenderá o Ministério da Defesa e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), com possibilidade de inclusão do Ministério da Justiça. “Encaminhamos a proposta com 750 vagas e pretendemos criar mais 750 por meio de projeto de lei”, disse a ministra.
Já a carreira de Desenvolvimento Socioeconômico abrangerá áreas como desenvolvimento regional, agrário e econômico. “É uma carreira bastante ampla, que abarca um conjunto grande de formações”, detalhou Dweck. Ambas as carreiras são de nível superior, com salários iniciais em torno de R$ 9 mil, podendo chegar a R$ 22 mil, remunerações equivalentes ao cargo de Analista Técnico de Políticas Públicas (ATPS).
A ministra enfatizou que as novas carreiras foram pensadas para substituir cargos obsoletos e promover uma gestão pública eficiente e integrada. “Estamos investindo em carreiras transversais que possam atender vários ministérios, rompendo com o modelo tradicional de carreiras isoladas”, destacou.
A intenção, de acordo com a ministra, é modernizar o quadro de servidores, otimizar recursos e responder às demandas estratégicas da administração pública, garantindo maior eficiência e resultados para a sociedade brasileira.
Sobre o CPNU
O Concurso Público Nacional Unificado é um modelo inovador de seleção de servidores públicos, criado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O novo modelo consiste na realização conjunta de concursos públicos para o provimento de cargos públicos efetivos no âmbito dos órgãos e das entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, mediante a aplicação simultânea de provas em todos os Estados e no Distrito Federal.
Desde sua concepção como política pública, um dos objetivos do CPNU foi democratizar o acesso ao serviço público e promover diversidade na Administração Pública. Pela primeira vez, um concurso público contou com a participação efetiva de 970.037 pessoas, com provas aplicadas em 228 cidades e 3.647 locais, permitindo que candidatas e candidatos realizassem o exame o mais próximo possível de suas residências.
O compromisso do Governo Federal em fazer um CPNU democrático e inclusivo foi cumprido. Os primeiros dados do perfil das aprovações para as 6.640 vagas mostram que brasileiras e brasileiros de todos os 27 estados e de 908 cidades, foram selecionados. Além disso, um terço das novas servidoras e servidores são pessoas negras, indígenas e pessoas com deficiência, reforçando a importância das ações afirmativas e de inclusão para a transformação do Estado brasileiro.
*Com informações do GOV
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