Após tomar posse como vereador de Manaus, Sargento Salazar (PL) declarou bens com valores diferentes para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à Câmara Municipal de Manaus (CMM). A distinção dos valores de um órgão para o outro chega a quase R$ 2 milhões. As informações são de acesso público e constam na plataforma do TSE e da CMM.
No período eleitoral, todos os candidatos precisam declarar seus bens para a Justiça Eleitoral. Quando eleitos e tomam posse, a mesma declaração deve ser feita na respectiva Casa Legislativa para a qual o candidato foi eleito.
Foi durante esse processo que foi constatado uma diferença no valor de bens declarados pelo vereador de Manaus. Conforme constatou O Convergente, à Justiça Eleitoral, Salazar afirmou possuir apenas um bem.
Conforme disponibilizado na plataforma Divulga CandContas, do TSE, o vereador alegou ter somente um apartamento avaliado em R$ 290 mil no bairro Flores, em Manaus.
À Câmara Municipal, Sargento Salazar declarou possui seis bens em seu nome, sendo um deles o apartamento que foi declarado para a Justiça Eleitoral.
De acordo com a publicação, além do apartamento, Sargento Salazar possui ter quatro automóveis como bens, totalizando o valor de R$ 233 mil.
Além disso, o vereador de Manaus ainda declarou possuir uma casa financiada em um condomínio de Manaus no valor de R$ 1,7 milhão. As informações foram publicadas no Diário Oficial da CMM, edição do dia 24 de janeiro.
Sendo assim, diferente do que foi alegado à Justiça Eleitoral, o vereador Sargento Salazar declarou para a Câmara que possui R$ 2,2 milhões em bens.
Na publicação da Câmara Municipal de Manaus, consta a assinatura do vereador Sargento Salazar.
Outro lado
Em posicionamento à imprensa, Salazar informou que os bens declarados na Câmara são de uma empresa da qual ele tem 25% de participação como sócio. Além disso, ele ainda afirmou que dois automóveis são de uso da empresa, além do outro ser de uso de um dos familiares do sócio. Com relação à casa milionária, o vereador afirmou ter comprado antes do período eleitoral.
O Convergente buscou contato com o vereador Sargento Salazar, por meio de assessoria, para um posicionamento do mesmo a respeito da repercussão do caso e aguarda retorno.
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